ATA DA SEXAGÉSIMA NONA
SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 03-08-2015.
Aos três dias do mês de
agosto do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Alberto
Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dr. Thiago,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger,
Lourdes Sprenger, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex
Fraga, Reginaldo Pujol e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
Carlos Casartelli, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Elizandro Sabino, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz, Jussara Cony, Marcelo
Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo
Mendes Ribeiro, Professor Garcia, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon e Tarciso
Flecha Negra.
À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/15
(Processo nº 1401/15), de autoria de Fernanda Melchionna e Prof. Alex Fraga.
Após, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Prefeito: nº 895/15,
retificando o Ofício nº 878/15; nos 885 e 912/15, encaminhado Vetos
Parciais ao Projeto de Lei do Legislativo nº 151/14 e ao Projeto de Lei do
Executivo nº 007/15 (Processos nos 1651/14 e 0943/15,
respectivamente); e nos 905 e 930/15, encaminhando Vetos Totais ao
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/14 e ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 381/13 (Processos nos 1012/14 e 3409/13,
respectivamente). A seguir, foi apregoado o Memorando nº 086/15, de autoria de
Airto Ferronato, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do
Regimento, sua participação, nos dias três a sete de agosto do corrente, no VI
Plenafisco e Conafisco, em Praia do Forte – BA. Ainda, foi apregoado o
Memorando nº 025/15, de autoria de Professor Garcia, informando, nos termos dos
§§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, no dia seis de agosto
do corrente, em reunião da Confederação Brasileira de Futebol, no Rio de
Janeiro – RJ. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 885, 905 e
912/15, do Prefeito. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Clàudio Janta e
Jussara Cony. Em prosseguimento, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje
destinado a assinalar o transcurso do octogésimo aniversário do Tribunal de
Contas do Estado do Rio Grande do Sul, nos termos do Requerimento nº 077/15
(Processo nº 1475/15). Compuseram a Mesa: Mauro Pinheiro e Paulo Brum,
presidindo os trabalhos; Cezar Miola, Presidente do Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Sul; Geraldo Costa da Camino, Procurador-Geral do
Ministério Público de Contas; e Marco Peixoto e Iradir Pietroski, Primeiro e
Segundo Vice-Presidentes do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul,
respectivamente. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Mauro Pinheiro e Sofia
Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Guilherme Socias Villela e
João Bosco Vaz. Após, o Presidente procedeu à entrega, a Cezar Miola, de
diploma alusivo à presente solenidade, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que
agradeceu a honraria. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e cinquenta
e quatro minutos às dezesseis horas e um minuto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se Tarciso Flecha Negra e Carlos Casartelli. Em GRANDE EXPEDIENTE,
pronunciaram-se Cassio Trogildo e Clàudio Janta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Reginaldo Pujol, Alberto
Kopittke, Jussara Cony e Kevin Krieger. Às dezessete horas e vinte e três
minutos, constatada a existência de quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM
DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Reginaldo Pujol,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
priorização da Ordem do Dia. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria de
Kevin Krieger, solicitando o adiamento da discussão, por três sessões, do
Projeto de Lei do Executivo nº 005/15 (Processo nº 0650/15). Ainda, foi
aprovado Requerimento verbal formulado por Delegado Cleiton, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na priorização da Ordem
do Dia. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 094/15 (Processo nº
1738/15). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 128/14 (Processo nº 1331/14). Foi votado Requerimento verbal
formulado por Professor Garcia, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na priorização da Ordem do Dia, o qual obteve quatorze votos
SIM, um voto NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação por Marcelo
Sgarbossa, Cassio Trogildo, Idenir Cecchim, Fernanda Melchionna, Clàudio Janta,
João Carlos Nedel, Dr. Thiago e Marcelo Sgarbossa, em votação nominal
solicitada por Marcelo Sgarbossa, tendo votado Sim Bernardino Vendruscolo,
Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr.
Thiago, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger,
Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista, Professor Garcia e Séfora Gomes Mota,
votado Não Pablo Mendes Ribeiro e optado pela Abstenção Tarciso Flecha Negra,
votação essa declarada nula em face da inexistência de quórum deliberativo. Na
ocasião, foi apregoada a Emenda nº 01, assinada por Marcelo Sgarbossa, ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 002/15 (Processo nº 0073/15), e foi aprovado
Requerimento de autoria de Marcelo Sgarbossa, solicitando a dispensa do envio
dessa Emenda à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi apregoado
Requerimento de autoria de Marcelo Sgarbossa, deferido pelo Presidente,
solicitando a votação em destaque da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 002/15. Às dezoito horas e oito minutos, constatada a
inexistência de quórum deliberativo, foi encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 016, 080,
101, 108, 121, 138 e 021/15, este discutido por Dr. Thiago e Clàudio Janta, e
169/14, este discutido por Clàudio Janta, o Projeto de Lei do Executivo nº
021/15 e o Projeto de Resolução nº 027/15; em 2ª Sessão, o Projeto de Emenda à
Lei Orgânica nº 003/13, discutido por Clàudio Janta, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 029/15 e os Projetos de Lei do Executivo nos 018, 019
e 020/15. Durante a Sessão, Reginaldo Pujol e Idenir Cecchim manifestaram-se
acerca de assuntos diversos. Às dezoito horas e vinte minutos, nada mais
havendo a tratar, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima quarta-feira, à
hora regimental. Os
trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro e Paulo Brum e secretariados por
Delegado Cleiton. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, funcionários desta Casa, nós funcionamos com
Comissão Representativa no período de recesso. Eu gostaria de usar este tempo
de Liderança do meu partido, primeiramente, para pedir desculpas, em nome do
partido Solidariedade, em nome dos nossos candidatos a Deputado Estadual, em
nome da Executiva Estadual do meu partido, do diretório do meu partido, a todo
povo gaúcho, principalmente, aos servidores estaduais, aos servidores da
segurança pública, aos professores, aos profissionais da Saúde que o nosso
partido, no segundo turno, foi às ruas de Porto Alegre, às avenidas, às praças da Região
Metropolitana e em todas as cidades onde o partido Solidariedade está presente
com os seus diretórios e comissões provisórias, pedir votos ao Governador Sartori.
Em nenhum momento nós imaginamos que o Governador iria cortar o salário dos
servidores como fez na sexta-feira; em nenhum momento nós imaginamos que o
Governador iria se furtar de anunciar esse corte absurdo; em nenhum momento nós
imaginamos que, em sete meses de Governo, o Governador não iria alertar os
servidores de que ele teria de fazer isso; em nenhum momento nós imaginamos que
o Governador iria estar calculando, em sete meses, um aumento de imposto que
promete enviar à Assembleia Legislativa esta semana; em nenhum momento nós
imaginamos que o Governador estivesse pensando em vender o Banrisul, a CEEE e a
Corsan. Porque, se um dono de mercado nas vilas populares de Porto Alegre
estiver pensando em suspender o salário de seus quatro, cinco colaboradores,
primeiro, ele vai cobrar os fiados que tem na vila. Ele vai sair e cobrar os
fiados que tem na vila. O Governador, em vez de suspender os salários dos
brigadianos, dos professores e suspender os salários dos profissionais da área
da saúde, ele não deveria ter dado aumento para os Deputados, não deveria ter
dado aumento para o Judiciário, não deveria ter dado aumento para os seus
Secretários e o seu próprio aumento de salário. Ele não deveria ter feito o que
fez até agora: ter nomeado uma montoeira de CCs; ele não deveria ter feito até
agora: ter levado as coisas com a barriga. O Governador deveria ter governado
este Estado com o que se pensou que ele iria governar: com o coração, como ele
governou a sua Caxias do Sul. Não deveria ter se calado mediante os R$ 35
bilhões de dívida que o Rio Grande do Sul tem de ICMS e de IPVA. Deveria ter
feito igual ao que o bodegueiro da vila faz: ter ido cobrar os seus credores e
não tirar dos seus colaboradores.
Então, é com muita tristeza que eu subo aqui nesta tribuna – para onde mais quase 11 mil porto-alegrenses me conduziram; 45.549 eleitores do Rio Grande do Sul depositaram seu voto em mim, inclusive eu fui às ruas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul pedir voto para o Sartori – para pedir desculpa à população do Rio Grande do Sul por ter feito isso. Eu esperava que, no mínimo, o Governador tivesse ido anunciar esta medida impopular: tirar o salário das pessoas. Pessoas que saíram de férias e não receberam seus salários; pessoas que contam com o salário para pagar suas contas – a escola dos seus filhos, o seu alimento –, não os receberam.
Que
o Governador tivesse feito o que faz o dono do boteco lá da esquina: cobrar os
seus fornecedores, os seus credores e não tirasse dinheiro do povo do Rio
Grande do Sul, não tirasse o salário dos servidores que vêm servindo este
Estado; não ficasse choramingando, porque o Rio Grande do Sul tem saída. Saída
este Rio Grande do Sul tem! Saída tem, é fazer o que fez povo grego: romper...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: ...Saída, este Rio Grande do Sul tem, porque,
quando nós estamos devendo para um banco, quando nós estamos devendo para o
cartão de crédito, a gente vai lá e diz: “Basta! Não vou deixar a minha família
passar fome, não vou deixar a minha família sem luz, sem gás e sem água”!
Acho que é isso que falta ao Governador: chamar
este povo e dizer para a União: “Basta! Esta dívida nós já pagamos, não vamos
mais sacrificar o nosso povo, não vamos mais deixar o nosso povo sem saúde, não
vamos mais deixar o nosso povo sem investimentos, para pagar uma dívida que não
é nossa”.
Com muita força, fé e solidariedade nós vamos
colocar este Estado do Rio Grande do Sul nos eixos, se tivermos coragem e
determinação. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, todos os que
acompanham a Sessão de hoje na Câmara Municipal; venho a esta tribuna – e chamo
a atenção dos meus colegas de oposição, Ver.ª Fernanda Melchionna, Ver.ª Sofia,
Ver. Comassetto, Ver. Kopittke e Ver. Alex, com o qual já conversei – para ler
uma nota do meu partido, o Partido Comunista do Brasil. Peço a atenção dos
demais Vereadores.
O nosso partido entende que o Governo Sartori está
fazendo terrorismo com o funcionalismo, com outro intuito também: de aumentar
impostas e privatizar o Estado do Rio Grande do Sul. Não tem projeto. É esse o
projeto que está escancarado hoje no Rio Grande do Sul. A decisão do Governo
Sartori, de parcelar o salário do funcionalismo e de atrasar pagamentos do
Estado, causa graves prejuízos aos trabalhadores e, consequentemente, aos
serviços públicos e à economia do Rio Grande do Sul. Aliás, qual é o projeto
econômico do Governador Sartori para o Estado do Rio Grande do Sul? Repete a
velha prática injusta de jogar a crise sobre os ombros do funcionalismo,
instaura o caos no Estado do Rio Grande do Sul.
Hoje, segunda-feira, os policiais não estão nas
ruas, tanto civis como militares; e têm razão de não estar nas ruas. As escolas
não funcionaram, diversas escolas estão paradas. Parte dos ônibus urbanos da
Capital e do interior deixou de circular por falta de segurança. Os bancos
estão fechados ou fazendo operação tartaruga, delegacias e postos de saúde não
estão atendendo a população. Esse Governador foi eleito pela maioria dos
gaúchos para enfrentar a crise e não para desaparecer nos momentos mais
difíceis, como foi no anúncio do parcelamento, feito por assessores. Agora,
sete meses à frente do Piratini, o Governador Sartori ainda não apresentou
nenhuma saída viável para a crise de estrutura do Estado. Eu vou relatar apenas
uma parte de uma entrevista que eu achei importante, que é pequena, mas
decisiva, do ex-Governador Tarso Genro, que diz o seguinte: o que está
ocorrendo? Estão gerando novas dívidas para o futuro, novas crises para o
futuro, aumentando a dívida pública como já fizeram. Mas, justiça seja feita –
diz o ex-Governador Tarso Genro –, o povo gaúcho não foi enganado. O Governador
disse que não sabia o que iria fazer. Está cumprindo a promessa. A promessa de
dizer ao povo, depois de eleito, que não sabia o que fazer com o Estado do Rio
Grande do Sul. Quem não tem competência – dizia a minha velha avó – não se
estabeleça.
Enfim, majoritariamente o povo do Rio Grande do Sul o elegeu. Penaliza a todos. O Governo escolhe o caminho errado quando assume essas velhas práticas. Poderia enfrentar a crise de outra forma. No mês de março, o PCdoB apresentou, a nossa bancada – Deputados Juliano Roso e Manuela d’Ávila –, ao Secretário da Fazenda diversas sugestões para enfrentar a crise: medidas como o combate à sonegação de impostos; adoção de alíquotas progressivas; e enfrentamento da questão da dívida pública. Nós, do PCdoB, acreditamos que a superação da crise não vai se dar com ataques aos salários e aos direitos dos trabalhadores. Pelo contrário, vai agravar, com retrocessos e privatizações, ou seja, com a entrega do Estado, do papel do Estado, em políticas públicas, para os setores privados. O nosso partido, o PCdoB, acredita na busca de soluções e propõe que o Banrisul disponibilize imediatamente linhas de crédito, sem juros, para os servidores públicos que tiveram parte dos seus salários confiscados; que o Estado combata com energia e prioridade à sonegação, com modernização do sistema e convocação dos concursados da Secretaria da Fazenda; que o Governo assuma o protagonismo pela renegociação da dívida com a União, com iniciativas como a judicialização da negociação, a exemplo do que foi feito pelo Estado do Rio de Janeiro; que o Estado revise as alíquotas sobre grandes heranças com a progressividade do ITCD; que o Estado busque, dê consequência para as linhas de crédito abertas durante a gestão Tarso Genro. E por isso que eu trago aqui a última frase do ex-Governador Tarso Genro, que abriu as negociações de linha de crédito... E que o Estado busque dar consequência, porque este Estado não pode parar, a nossa economia não pode parar, os nossos servidores públicos não podem ser tratados dessa maneira, e a população do Rio Grande não pode ficar à margem de políticas públicas, como segurança pública, saúde e educação. Os policiais civis e os brigadianos, que tomaram essa iniciativa, estão fazendo um serviço ao Estado, em troca do desserviço...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos às
Hoje, este período é destinado a assinalar o
transcurso do 80º aniversário do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Sul, nos termos do Requerimento nº 077/15, de autoria da Mesa Diretora.
Convidamos para compor a Mesa: o Sr. Cezar Miola,
conselheiro e Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul;
o Dr. Geraldo Costa Da Camino, Procurador-Geral do Ministério Público de
Contas; o Sr. Marco Peixoto, conselheiro e 1º Vice-Presidente do Tribunal de Contas
do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Iradir Pietroski, conselheiro e 2º
Vice-Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.
Convido o nosso Vice-Presidente, Ver. Paulo Brum, a
me substituir na presidência dos trabalhos para que eu possa falar em nome da
Mesa Diretora.
(O Ver. Paulo Brum assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Mauro
Pinheiro, proponente desta homenagem, está com a palavra em Comunicações.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. MAURO
PINHEIRO: Obrigado, Ver. Paulo Brum, que preside esta Sessão na comemoração dos 80
anos do Tribunal de Contas do Estado; quero cumprimentar aqui o Sr. Cezar
Miola, conselheiro e Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande
do Sul; o Dr. Geraldo Costa Da Camino, Procurador-Geral do Ministério Público
de Contas; o Sr. Marco Peixoto, conselheiro e 1º Vice-Presidente do Tribunal de
Contas do Estado Rio Grande do Sul; o Sr. Iradir Pietroski, conselheiro e 2º
Vice-Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul . Também
quero cumprimentar as conselheiras substitutas que estão presentes: Ana
Cristina Moraes e Letícia Ayres Ramos. Cumprimento os Conselheiros Eméritos do
Tribunal de Contas, com a presença do Sr. Victor Faccioni; os auditores
substitutos do Conselho dos Aposentados, com a presença do Sr. Wremyr Scliar.
Cumprimento os Diretores: Valtuir Pereira Nunes, Diretor-Geral; Leo Arno
Ritcher, Diretor de Controle e Fiscalização; o Sandro Correia de Borba, Diretor
Administrativo; o Elson Schemes,
Diretor da Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena, e o Tarcísio
Francisco Dal Ri, Chefe de Gabinete da Presidência.
É importante que esta homenagem aconteça no dia de
hoje, para que o Tribunal de Contas veja o trabalho que estamos fazendo aqui na
Câmara de Vereadores, em cima dos apontamentos que recebemos todos os anos,
nesta Casa. Nós achamos muito importantes esses apontamentos para que o
Presidente possa tomar medidas. Estamos procurando cumprir todas as medidas que
o Tribunal de Contas tem nos apontado ao longo dos anos, como, por exemplo, o
ponto eletrônico na Casa, para o cumprimento do horário. Infelizmente,
Presidente, nos últimos anos, os nossos funcionários trabalharam apenas 36
horas, quando a lei fala em 40 horas. Então, a partir de hoje, segundo
portaria, os funcionários da Casa têm que cumprir o horário determinado pela
legislação, que são 40 horas; por isso os funcionários da Casa estão um pouco
revoltados. Nós estamos tomando medidas procurando cumprir a lei e aquilo que
está previsto. São essas as medidas, e é importante que o Tribunal de Contas
tome conhecimento do que se passa na Casa.
Nós achamos muito importante essa relação entre as
Câmaras de Vereadores, principalmente a nossa Câmara de Porto Alegre, com o
Tribunal de Contas. Temos procurado sempre trabalhar em conjunto com o Tribunal
de Contas, não só através dos apontamentos, mas tentando prever o futuro e
tentando ajustar para que a nossa Casa tenha o rito dentro da lei, até porque,
neste momento, o nosso País e o nosso Estado passam por uma crise econômica e
financeira muito grande, e nós, aqui na Câmara de Vereadores, não estamos numa
ilha, Ver. Cecchim. A Câmara de Vereadores tem que dar a sua contribuição com o
dinheiro público, tem que cuidar onde gasta, como gasta, para gastar o dinheiro
público de forma correta. É isso o que nós estamos procurando fazer durante a
nossa Legislatura.
O nosso Tribunal de Contas está fazendo 80 anos
neste ano. Desde 1935, na gestão, então, do Governador Flores da Cunha, o nosso
Estado passou a contar com uma instituição fundamental para, entre outras
coisas, proporcionar a transparência da coisa pública no Rio Grande do Sul. A
instituição que, neste ano, completou 80 anos é o Tribunal de Contas do Estado
do Rio Grande do Sul. Não é só a transparência que o nosso TCE nos proporciona.
O TCE mantém um complexo sistema de controle e
auditorias que compreendem os quase todos 500 municípios e toda a estrutura do
Estado do Rio Grande do Sul. Na esfera dos municípios, são 1.106 órgãos e
entidades auditadas. Na esfera estadual, são 94 órgãos e entidades auditadas.
Nesse conjunto de órgãos e entidades, distribuídos em todo o território gaúcho,
temos todas as prefeituras com as suas respectivas estruturas administrativas,
todas as câmaras de vereadores, toda a estrutura do Estado, a administração
direta, autarquias, fundações, empresas públicas e de economia mista, além do
Legislativo do Rio Grande do Sul. Ou seja, onde existe interesse, os recursos
públicos do nosso Estado, lá está o TCE. A responsabilidade do TCE, em função
do porte do nosso Estado, é gigantesca. Nesses tempos em que enfrentamos uma
das maiores crises que afeta praticamente todas as instituições do nosso País,
devemos confiar e fortalecer a atuação dos órgãos de controle. Nesse contexto,
destaco o trabalho do nosso TCE, que cumpre o seu papel exemplarmente.
(Manifestações nas
galerias.)
O Sr. Clàudio Janta: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Srs. funcionários da Câmara de Vereadores, eu
aprendi com a minha avó, Dona Emerita Viegas Guimarães, mãe da minha mãe, que,
quando a gente recebe uma visita na nossa casa, a gente sempre procura tratá-la
com muito respeito e muita cordialidade. Hoje nós estamos recebendo, para uma
homenagem, o Tribunal de Contas do Estado. Uma homenagem proposta pelos 36
Vereadores desta Casa. Então pedimos que as divergências entre os servidores
desta Casa e a Mesa Diretora sejam resolvidas após a homenagem que os 36
Vereadores desta Casa estão fazendo ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande
do Sul. Gostaria que vocês, com a reivindicação justa que estão fazendo junto à
Mesa Diretora desta Casa, respeitassem esta homenagem, permitissem que a Casa
do Povo do Porto Alegre, a qual o povo nos conduziu, fizesse esta homenagem.
(Manifestações nas
galerias.)
O Sr. Clàudio Janta: Até porque
várias questões que o Ver. Mauro está levantando na Casa foram auditadas pelo
Tribunal, e pergunto como dirigente sindical que sou: esta uma hora em que os
funcionários estão aqui será descontada do ponto deles, Sr. Presidente? Porque
hoje fizemos uma homenagem da Mesa Diretora, juntamente com o colégio de
Líderes e os Vereadores desta Casa, ao Tribunal, que vem auditando as contas
dos Executivos e dos Legislativos e que vem transformando o dinheiro público
onde ele realmente tem que ser investido, tem que ser apresentado, que é em
resultados para a população, para melhoria da vida da população. Então, a Casa
do Povo de Porto Alegre faz uma justa homenagem a este Tribunal, que vem dando
encaminhamentos ao dinheiro público, para que seja aplicado para a população.
Meus parabéns a Mesa Diretora e aos Líderes, que fazem esta homenagem a esta
instituição.
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exa. Permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Presidente
Mauro. Cumprimentos pela proposição desta justa homenagem ao Tribunal de
Contas, ao seu Presidente Miola – sempre brinco só para me exibir, é lógico –,
que é quase meu conterrâneo: eu, de Ibiraiaras, e ele, de São João da Urtiga.
Cumprimentos também ao Sr. Marco Peixoto, Conselheiro; ao Sr. Geraldo Da Camino
– volta e meia venho aqui e digo que o Da Camino só olha para um lado, não olha
para o outro, parece vesgo! Mas pode ter certeza de que isso é coisa de
plenário –, Sr. Iradir Pietroski, Conselheiro, tive a honra de ser seu colega
lá na Secretaria de Indústria e Comércio em 1987, e V. Exa. está demonstrando
sua competência junto com os demais conselheiros e com o Procurador, lá no
Tribunal de Contas. Quero assinar embaixo, Presidente, naquilo que V. Exa.
disse: nós estamos aqui na Câmara atendendo recomendações do Tribunal, que são
anotações de fazer a coisa certa, de cumprir a lei. Então, V. Exa. pode ter
certeza de que tem o nosso apoio para esse trabalho no atendimento do Tribunal
de Contas, que, no fundo, é para atender a população. O que o Tribunal faz é
para que todos os órgãos públicos atendam o que a população deseja que seja
feito. Cumprimentos ao Tribunal de Contas; cumprimentos a V. Exa. que fez esta
homenagem.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Obrigado, Ver. Cecchim.
O Sr. Nereu
D’Avila: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro, queria
me somar aos demais Vereadores e, em nome da Bancada do PDT, estender a nossa
saudação, que é de todos os Vereadores, a esta homenagem, muito justa, que a
Câmara faz hoje. A Câmara, como dizem, é o tambor da ressonância da cidade de
Porto Alegre e tem procurado se pautar sempre pelos ditames da moralidade, da
probidade e de outros princípios recomendados até pela Constituição.
Através do Presidente Miola, saúdo todos os
conselheiros que estão presentes; saúdo Geraldo Da Camino, que também tem
ilustrado muito o nosso Tribunal, os demais componentes, inclusive o Faccione,
nosso grande amigo. A Câmara oportunamente faz esta homenagem porque o Rio Grande
do Sul se orgulha do Tribunal de Contas, inclusive pelo seu caráter altamente
democrático. O último julgamento agora foi a demonstração da democracia que
gera o Tribunal de Contas. O Procurador Geraldo Da Camino demonstrou seu
profundo conhecimento dando a sua opinião, e os conselheiros tiveram outra
opinião, o que caracteriza o contraditório, o que caracteriza a profundidade
democrática do Tribunal. Então, alguém poderia dizer: “Ah, mas o Camino foi
contra o PT ou...” – ficou claro que o Tribunal se pautou pela questão técnica,
e isso nos orgulha a todos. É muito oportuno, Mauro, parabéns à Mesa, porque a
Mesa nos representa, e hoje é uma homenagem ímpar, suprapartidária, e é da
Cidade através dos seus 36 representantes. Então, estamos muito felizes pela presença
ilustre hoje. E mais: eu garanto que todos os gaúchos têm honra, têm orgulho do
seu Tribunal de Contas, quer se pautar sempre pela precaução de não excessivos
gastos, das leis serem cumpridas, e que, tecnicamente, dirige-se a todos os
órgãos, Prefeituras, Assembleias, e a nós, Vereadores. Um abraço e parabéns a
todos.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Obrigado, Ver. Nereu D'Avila.
O Sr. Cassio
Trogildo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Faço essa
saudação em nome da Bancada do PTB, meu partido. Justa homenagem para um órgão
que tem um papel fundamental na sociedade em que vivemos. O controle é
fundamental. Ano que vem, a Bancada do PTB irá dirigir esta Casa, e o Ver.
Mauro Pinheiro me dizia: “Olha, estamos preparando um levantamento com todos os
apontamentos do Tribunal de Contas, aquilo que nós já conseguimos resolver e
aquilo que precisa ser solucionado”. Eu disse: que bom, Mauro, porque era a
primeira coisa que nós iríamos te pedir, para começar a Administração do PTB,
aqui na Casa, no ano que vem. Foi assim que eu fiz quando fui gestor da
Fundação Gaúcha do Trabalho, foi assim que fiz quando fui gestor na Secretaria
Municipal de Obras e Viação. E quero exaltar aqui, principalmente, o trabalho
do Tribunal de Contas, principalmente nas auditorias prévias, que acontecem
antes de os problemas se consumarem. Acredito que, cada vez mais, esta deve ser
a postura dos órgãos de controle: trabalhar sempre no rigor prévio, que é
justamente antecedendo que os erros possam se consumar, que os erros aconteçam,
deixando de ter que atuar posteriormente, na devolução dos recursos, que geram,
justamente, muitos outros transtornos.
Parabéns ao Tribunal de Contas e, mais uma vez,
parabéns pela justa homenagem, Ver. Mauro Pinheiro.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Obrigado, Ver. Cassio Trogildo.
O Sr. Alberto
Kopittke: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sr. Presidente, venho aqui em nome da nossa Bancada do Partido dos
Trabalhadores, trazer uma saudação ao nosso Presidente Miola, ao Conselheiro
Marco Peixoto, ao Conselheiro Iradir Pietroski, ao Dr. Geraldo Da Camino, que,
na verdade, Ver. Cecchim, acabam sempre olhando para o lado certo, apontando o
dedo para onde tem que ser apontado de fato. Quero saudar também aqui o Josué
Martins, Presidente do Centro de Auditores Públicos Externos do Tribunal de
Contas; meu querido amigo Jaime Nunes Bezerra, da Associação dos Auditores, que
também tem esse papel interno; e, pedindo a licença do nosso Presidente Miola,
quero saudar aqui um técnico, com que o nosso Tribunal conta hoje, da mais alta
qualidade, Prof. Dr. Marcos Rolim, por quem temos um carinho muito especial
devido a sua trajetória de luta pela democracia e pelos direitos humanos. E
também quero registrar aqui os nossos cumprimentos pelo trabalho do nosso
Tribunal de Contas, um trabalho que se aprimora cada vez mais. O Tribunal hoje
é uma instituição absolutamente fundamental para a democracia brasileira. O
trabalho que os senhores fizeram, por exemplo, na questão das tarifas do
transporte público de Porto Alegre, trabalho dedicado e profundo dos auditores;
trabalho na questão das vagas da Educação Infantil. Eu acompanho agora um
trabalho de todo o sistema dos Tribunais de Contas em relação à segurança pública,
que consiste em, mais do que apontar um ou outro problema pontual, fazer uma
discussão sistêmica da qualidade das políticas públicas. É isso que a nossa
sociedade exige de todos nós, que o Tribunal tanto tem feito, tão bem feito. E,
nesse momento, Presidente, em que a democracia brasileira começa a colher seus
frutos, vivemos um momento talvez da dor do parto, do nascimento de uma nova
democracia, onde os órgãos de controle têm um papel cada vez mais fundamental –
doa a quem doer. Nossos cumprimentos pelo trabalho brilhante dos senhores.
Muito obrigado.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Registro a presença do nosso amigo, o Sr. Nelcir Tessaro, Secretário
Municipal da Defesa Civil – ex-Presidente desta Casa; o Sr. Clício Barbiero
Golin, representante do sistema OCERGS-Sescoop/RS; o Sr. Josué Martins,
Presidente do Centro de Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do
Estado; e o Sr. José Carlos Garcia de Mello, Presidente da Associação dos
Funcionários Aposentados do TCE, em seu nome, agradeço a presença de todos os
colegas aposentados aqui presentes.
A Sra. Lourdes
Sprenger: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) A importância
dessa homenagem nessa trajetória de 80 anos do Tribunal de Contas não é só dos
últimos trabalhos, mas dos relevantes trabalhos realizados em todos esses anos.
Isso não poderia deixar de ser registrado e compartilhado com todos os 36
Vereadores pela relevância que tem a transparência, avaliação, fiscalização ou
averiguação das contas. E quero destacar também, além do trabalho do Tribunal
de Contas, dos seus conselheiros, os relevantes trabalhos prestados por este
Procurador-Geral, Costa Da Camino, que nós temos grande admiração, até por nos
aliviar de tantas angústias, porque não temos uma infraestrutura para averiguar
que esta é a nossa função aqui, como Vereadores, de fiscalizar as contas
públicas do Executivo. Eu quero cumprimentá-los e que vocês tenham a certeza de
que têm o apoio de toda a sociedade séria que quer um país melhor. Obrigada.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Obrigado, Ver.ª Lourdes.
A Sra. Mônica
Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Eu não tenho como fugir desse desabafo, como Vereadora, como
ex-gestora, pedi autorização da minha bancada para falar em meu nome, porque o
Tribunal de Contas do Estado tem uma importância incrível na minha vida, muito
forte. Quando eu fui gestora, pela primeira vez, quando fui Secretária de
Estado da Cultura me deparei com um problema muito grande na minha Secretaria,
com um passivo de R$ 14 milhões. E eu procurei a orientação do Tribunal de
Contas, na época era o Presidente Dr. Sandro Pires. O Dr. Miola estava no
comando, também; hoje está o Da Camino, e eu me senti acolhida, bem orientada
em seguir com as minhas convicções e com o apoio de vocês, eu trabalhei e pedi
que me dessem um voto de confiança de não fechar a LIC, porque esse era o
planejamento. Eu, sabedora de que se fechasse a Lei de Incentivo à Cultura os
municípios não teriam mais como fazer os seus projetos e a economia iria parar
nessa Cidade, e em meu nome eu me comprometi, que em um ano eu pagaria, zeraria
aquele passivo, adquirido em outras gestões, e os senhores confiaram e me
ajudaram. E no dia 12 de dezembro, eu zerei, e ela ficou saudável; deixei uma
Secretaria com as contas completamente equilibradas. Eu só tenho a agradecer e
dizer aos senhores que o trabalho do Tribunal de Contas não só me ajudou a ser
uma gestora capacitada e com rigor com o dinheiro público, mas também me deu
entusiasmo, me despertou, pois quando a gente quer, quando a gente procura as
pessoas certas, a gente consegue um bom trabalho. Muito obrigada, e tenham a
certeza de que vocês fazem parte da minha caminhada política de maneira muito
especial.
A Sra. Jussara
Cony: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Em primeiro lugar, me permita, Sr.
Presidente, vou deixá-lo para o fim, invertendo um pouco a ordem. Quero
cumprimentar o nosso 1º Vice-Presidente, colega Ver. Paulo Brum, eu tenho muita
honra de fazer parte desta Mesa na qualidade de 2ª Vice-Presidenta, juntamente
com V. Exa. o nosso Presidente, o Ver. Paulinho Motorista e o Ver. Delegado
Cleiton. Gostaria de cumprimentar o Dr. Cezar Miola, Presidente do Tribunal de
Contas, é um prazer recebê-lo aqui. Também o Procurador-Geral do Ministério
Público de Contas, Dr. Geraldo Costa Da Camino; e me permitam o 1º e o 2º
Vice-Presidente, dois ex-colegas Deputados, Conselheiro Marco Peixoto e
Conselheiro Iradir Pietriski, com os quais, na Assembleia Legislativa – mesmo
em campos diferenciados – tivemos condutas que buscavam soluções para o Estado
do Rio Grande do Sul e também com uma ligação estratégica importante com o
Tribunal de Contas, que, aliás, muitos ex-Deputados têm tido participação.
Antes de começar as comemorações, em meu nome e em
nome da Bancada do PCdoB, eu quero me dirigir ao nosso Presidente, Ver. Mauro
Pinheiro, que não só neste momento, mas neste momento em especial, representa
toda a Câmara Municipal, e quero dizer que tenho tido muita honra, junto com V.
Exa. e com os demais membros da Mesa, que já citei, de estarmos buscando
cumprir o nosso papel, o nosso dever de instituição pública em relação aos
apontamentos do Tribunal de Contas e com diálogos em todas as instâncias
necessárias. E não tenho dúvida de que esses diálogos continuarão, porque o
Ver. Cassio Trogildo já fez uma relação estratégica importante, pois nos
substituirá na Presidência – sobre o significado de nós trabalharmos nesse
conjunto, o que já estamos fazendo. Então, eu quero cumprimentá-lo por isso e
dizer que tem em mim uma fiel companheira para nós levarmos a bom termo todo
esse processo. Eu recebi também, ao lado dos 80 anos do Tribunal de Contas, uma
revista onde tenho amigos, como o Jayme Bezerra, que trabalhou comigo quando
gestora do Grupo Hospitalar Conceição. A Revista Achados de Auditoria,
publicação do Centro de Auditores Públicos Externos do TCE, sobre os 30 anos do
Ceape, destacou o impacto social da auditoria, instigando a consciência sobre a
função da auditoria pública em relação ao controle social, que eu acho um
espaço importante e estratégico para todos nós.
Em relação aos 80 anos do Tribunal de Contas, penso
que o Tribunal de Contas tem que ser entendido como um órgão de controle da
gestão pública. É por isso que está sendo homenageado nesta Casa. É um órgão
que permite a transparência sobre o uso dos recursos públicos pelas
instituições de Estado. Então, o papel do Tribunal, sem dúvida, é importante
também atuando dentro da legalidade, de forma imparcial. E estas duas questões
que estou levantando aqui, na minha concepção, deságuam no papel de destaque na
preservação e fortalecimento da nossa ainda frágil democracia, na garantia do
Estado Democrático de Direito para a construção de um projeto nacional de
desenvolvimento econômico, social, com justiça social, humano e com soberania
nacional.
Então, é assim que nós entendemos o papel do
Tribunal de Conta, nós do PCdoB, inclusive quando gestores, entendendo o
significado no controle das contas públicas, no emprego do dinheiro público,
ainda mais quando gerimos um complexo hospitalar como o Grupo Hospitalar
Conceição. Muito o Tribunal de Contas nos ajudou no sentido, inclusive, de
levar compreensão a todo aquele complexo do significado da aplicação do
dinheiro público para o público e para garantir políticas públicas de dignidade
à população.
Então, é uma honra recebê-los. Estou muito bem
representada pelo nosso Presidente, mas fiz questão, em nome do PCdoB, de vir
aqui também.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Obrigado, Ver.ª Jussara Cony.
A Sra.
Fernanda Melchionna: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero dizer que,
falando do Tribunal de Contas do Estado e de 80 anos, nós poderemos falar de
vários excelentes trabalhos – auditorias, controle externo – que o Tribunal de
Contas exerceu no Estado do Rio Grande do Sul.
Quero me deter a três, Presidente, que para nós são
extremamente significativos, para o Ver. Alex Fraga e para mim, para a nossa
Bancada do PSOL, para o nosso deputado estadual Pedro Ruas, para o conjunto de
pessoas que acompanhou esse excelente trabalho que o Tribunal de Contas fez em
relação às tarifas de ônibus do Município de Porto Alegre. Foi uma decisão
histórica, uma auditoria histórica, que abriu uma verdadeira caixa de Pandora,
que nunca tinha sido auditada na história de um serviço que foi prestado sem
licitação nos últimos 60 anos. E o Tribunal de Contas fez uma excelente auditoria,
apontando vários elementos que encarecem a tarifa para a nossa população e que,
ao mesmo tempo, apresentaram indícios de ilegalidade, e, depois, na votação das
recomendações, várias recomendações no sentido de garantir o controle público
do Estado em relação às tarifas de ônibus de Porto Alegre mostram esse papel
fundamental que, num processo combinado de auditoria, de mobilização e da nossa
ação jurídica e política, conseguiu a redução da tarifa no ano de 2013 – fato
que há muito tempo nós não tínhamos. Aliás, na história de Porto Alegre nunca
havia ocorrido.
Segundo, o portal transparência, que o Tribunal de
Contas há dois anos inaugurou no seu site.
É um portal extremamente claro e, ao mesmo tempo, permite um controle real
sobre as contas públicas dos municípios, do Estado, receitas, despesas, do qual
eu faço uso cotidianamente nas atribuições da vereança, que também é um
trabalho de fiscalização dessas informações que vocês ajudam a trazer, em tempo
real, ao povo do nosso Município e do nosso Estado do Rio Grande do Sul.
Terceiro, o trabalho nas creches e da Educação
Infantil no Estado. Sei que isso deve ter sido trabalhoso para os nossos
auditores, um trabalho que, infelizmente, traz dados alarmantes do número
insuficiente de vagas para as nossas crianças nos municípios, mas um trabalho
fundamental do Tribunal de Contas, mostrando que o controle público também é
uma preservação de direitos humanos.
O que vocês fazem, cotidianamente, no sentido das
auditorias, é parte de uma luta permanente para preservar direitos, seja
direito à educação, direito de ir e vir, do transporte coletivo acessível,
direito à informação, direito à alimentação, direito à moradia, direito das
mulheres – estive lá levando relatório da nossa Comissão de Direitos Humanos,
como Presidente, do sucateamento dos equipamentos da rede de atenção às
mulheres no Estado do Rio Grande do Sul. Quero parabenizar pelos 80 anos,
desejando vida longa ao Tribunal de Contas do Estado, e, mais uma vez,
parabenizar o trabalho de cada um de vocês que estão nesta tarde conosco.
Teremos a oportunidade de, diuturnamente, ver os esforços, os méritos e as
conquistas e muitas vezes conseguimos a partir da atuação de vocês. Parabéns!
O Sr. Tarciso
Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero cumprimentar o
Tribunal de Contas, como cidadão e como Vereador desta Cidade, pelos seus 80
anos, pelo trabalho que vocês têm prestado a essa metrópole linda e
maravilhosa. A gente tem um respeito muito grande por vocês e queremos, oxalá,
que vocês tenham vida longa, para que possamos continuar com esta Cidade
maravilhosa. Obrigado.
O SR. MAURO PINHEIRO: Obrigado, Ver.
Tarciso. Os Vereadores, cada um da sua forma, foram mostrando a importância do
nosso Tribunal de Contas, Ver. Garcia, e isso mostra que a Mesa acertou nessa
justa homenagem.
Quero dizer que o
Tribunal de Contas, cada vez mais, Presidente Cezar Miola, tem deixado de agir
de forma punitiva e tem, de forma preventiva, nos ajudado a prever os erros,
evitando que eles aconteçam e que o dinheiro público seja desperdiçado. E nós
queremos, cada vez mais, que o Tribunal de Contas continue forte, para que
possa ajudar todos os gestores. Eu, na minha primeira experiência como gestor,
quero dizer que é bem mais fácil ser só Vereador do que ser gestor, mas esse é
o nosso desafio, estamos adquirindo experiência e estamos tentando, o máximo
possível, dar transparência ao que é público. A nossa visão é que as pessoas
têm que entender, cada vez mais, que o Estado é de todos. Todos nós somos parte
do Estado; o Estado somos nós, então nós temos que cuidar do dinheiro do Estado
como se fosse o nosso próprio dinheiro, porque, de certa forma, ele é o nosso
próprio dinheiro. E o Tribunal de Contas tem essa missão, qual seja, ajudar os
gestores, para que o dinheiro público seja cada vez melhor aplicado naquilo que
realmente tem que ser aplicado.
Parabéns ao Tribunal
de Contas, vida longa e contem sempre conosco. Muito obrigado por essa
parceria que o Tribunal de Contas tem tido com essa Câmara. Parabéns ao
Tribunal de Contas, a todos os funcionários e colaboradores pelo excelente
trabalho que prestam à sociedade brasileira.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Guilherme Socias Villela está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
GUILHERME SOCIAS VILLELA: (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Vou citar em um segundo momento, uma homenagem ao
Tribunal de Contas evoca a ideia de colocar dois períodos distintos, um com a
fundação do Tribunal de Contas, pelo corajoso e intrépido Flores da Cunha.
Aliás, anotei como curiosidade que quando a Assembleia Legislativa adotou o
decreto de Flores da Cunha, o Parecer foi de Moysés Vellinho que tanto a
sociedade rio-grandense preza. Mas neste primeiro momento é possível imaginar
que nem Flores da Cunha – ou talvez Flores por ser um homem extremamente
inteligente –, perceberia as funções do Tribunal de Contas. Exercer, na forma
da Constituição, o controle externo das contas dos poderes do Estado, emitir
parecer prévio nas contas do Governador e dos Prefeitos Municipais; inspeções,
auditorias, representar o Governador e a Assembleia Legislativa e ao Prefeito, representar
ao Governador sobre irregularidades e abusos, exercer competência junto a
autarquias e empresas, sociedades de economia mista, aplicar multas, determinar
ressarcimento erário – aqui uma homenagem a uma pessoa que sempre admiro pelo
seu trabalho: Da Camino, o senhor sabe o quanto prezo seus atos e funções –,
fiscalizar a legalidade e legitimidade da procedência dos bens e rendas
acrescidas ao patrimônio público.
Num segundo momento, e para ser sucinto, como tem
sido, Sr. Presidente Mauro Pinheiro, o meu desempenho aqui nesta Câmara, eu vou
evocar as figuras que estão presentes aqui pelo seu valor, pelo seu trabalho,
pelo seu patriotismo e, sobretudo, pelo seu espírito público, Cezar Miola,
Presidente.
Talvez poucos saibam aqui, mas eu fui um grande
admirador de Romildo Bolzan. e talvez poucos saibam que existem dois auditórios
aqui em Porto Alegre, confortáveis auditórios, com o nome de Romildo Bolzan: um
no Tribunal de Contas; outro, na Agência de Regulação dos Serviços Públicos
Delegados do Rio Grande do Sul – Agergs, da qual ele foi presidente emérito.
Outro fraterno amigo é Victor Faccioni, grande
amigo. E alguns com os quais convivi na Assembleia Legislativa, quando
Deputado: Iradir Pietroski; Marco Peixoto – grande Marco! Fui contemporâneo também
de Marcos Rolim. E um, que eu costumo dizer que saiu do ventre do BRDE – que é
a minha pátria, pois sou funcionário aposentado, –, que foi o Wremyr Scliar,
aqui presente.
Presidente, como eu disse anteriormente, vou ser
sucinto: o que mais dizer de um organismo que completa 80 anos de idade e que é
um organismo com glórias e respeito do nosso Estado? Viva o Tribunal de Contas
do Estado. Aliás, Romildo Bolzan sempre me dizia: é o melhor Tribunal do País.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Não sei se é permitida esta breve manifestação, mas
a sua boa vontade me anima.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): É uma justa quebra de protocolo, Vereador.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Quero manifestar o meu carinho pelos nossos
visitantes, especialmente por esse homem de Santiago do Boqueirão, meu amigo
desde quando era pequeno; pelo Presidente; pelo Procurador, meu companheiro de
outras situações, que não vou narrar agora porque pode ser constrangedor; e
pelo Pietroski, que eu assumi, como Deputado, para votar para Presidente da
Assembleia, e conseguimos isso.
Eu ia pedir ao Ver. Villela, que fez um belo
pronunciamento, que me incluísse na manifestação. O Ver. Villela é um ícone
para mim – eu o tenho na conta de um dos mais ilustres homens públicos deste
Estado, o maior Prefeito que Porto Alegre já teve. Eu sou suspeito para falar
porque fui seu Líder, Diretor de várias autarquias e Secretarias por ele
designado, mas faço essa afirmação. Com grande alegria, ele me incorporaria no
seu pronunciamento. Na ausência disso, eu venho à tribuna, com a voz
prejudicada, mas com o coração transbordando de alegria por recebê-los, hoje,
aqui, para dizer da nossa alegria de receber a corte de contas do Estado.
Muitas vezes, Pietroski, tem decisões de vocês que nós não entendemos – o
senhor sabe do que estou falando –, mas, de qualquer forma, é preciso que se
saiba que as decisões têm que ocorrer e que nem sempre aquilo com que a gente
pode concordar e bater palmas é a melhor solução. Respeito a tradição e,
sobretudo, a qualificação dos integrantes dessa corte.
Em nome dos Democratas, o meu abraço, a minha
solidariedade e, sobretudo, o meu carinho.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É justa e
nobre a homenagem que esta Casa presta, neste momento, ao Tribunal de Contas do
Estado, que tem uma importância relevante nesse nosso cenário, muitas vezes
complicado; também, muitas vezes, o gestor público não entende ou não aceita o
trabalho feito pelo Tribunal de Contas. Eu sempre defendi abertamente que,
quanto mais órgãos de controle nós tivermos, mais transparência teremos.
Lembro que veio para esta Casa, na Legislatura
passada, um projeto provavelmente do Prefeito Fogaça, que apresentava a
possibilidade de que cada secretaria tivesse um procurador do Município. Lembro
que fiz uma defesa incansável nesta tribuna, porque entendia que a presença do
procurador na secretaria dá a segurança jurídica que o gestor precisa, que é
exatamente esse papel de fiscalização que o Tribunal de Contas do Estado faz.
Também fiz questão de falar agora em nome do PDT,
porque todos me conhecem como João Bosco Vaz, mas poucos sabem que sou João
Bosco Granato Vaz. Esse sobrenome remete a um grande homem – eu sou suspeito em
falar –, que não está mais entre nós, primo-irmão da minha mãe, que foi um
grande deputado, ocupou com competência o cargo hoje ocupado pelo Dr. Da
Camino. Provavelmente, esse sangue político que de repente me transformou em
Vereador já no quarto mandato tenha sido do Celestino Granato Goulart, meu
primo segundo, querido por todos, respeitado; e ali eu comecei a ver a
importância da postura que o homem público deve ter quando é chamado para
ocupar um cargo. Por isso, quando falam “ah, porque a política não tem ética, a
política é isso...”, meus amigos Vereadores e minhas amigas Vereadoras, vou
repetir: a ética está dentro de cada um de nós. Não tem ética na política? Não
tem, mas nós, homens públicos, Vereadores, Deputados, Senadores, cada um de nós
tem que ter a sua postura.
Quero encerrar, mais uma vez cumprimentando o
Tribunal de Contas do Estado, onde sempre fui muito bem recebido quando fui
tirar dúvidas, principalmente sobre questões as Copa. Graças a Deus, não cuidei
de obras da Copa, mas de vez em quando eu ia lá para buscar alguma informação
ou outra, e quero agradecer muito as orientações, a parceria, a amizade. E o
trabalho é este: tem que fiscalizar. Se o gestor público estiver errado, está
errado. Muito obrigado a todos. Parabéns mais uma vez!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Boa tarde a todos e a todas. Boas vindas ao conjunto dos nossos
colegas. Cumprimento o Vereador-Presidente por estarmos homenageando o Tribunal
de Contas do Estado. Acho que é uma boa forma de começar em um momento de tanta
turbulência política neste País, para afirmar a necessidade de instituições
fortes, instituições que tenham capacidade de fazer a leitura do seu tempo, de
posicionar-se na conjuntura, de reinventar-se, de transformar-se e de construir
a democracia, mecanismos de transparência, que estamos devendo muito ao povo brasileiro,
à República brasileira. Cumprimento o Dr. Cezar.
Acho que o Tribunal de Contas vem num processo
nesse sentido muito importante. Cumprimento o Dr. Geraldo Da Camino, que é
Procurador-Geral do Ministério Público, muito parceiro e sempre acolhedor das
nossas pautas; cumprimento, também, os conselheiros, Marco Peixoto e Iradir
Pietroski, representantes aqui o conjunto dos trabalhadores, das trabalhadoras
e dos conselheiros aqui presentes. Quero, para além da fala do Ver. Kopittke,
que representou a bancada como um todo, utilizar o período de Comunicações para
sublinhar alguns elementos em relação à nossa gratidão, admiração e também à
atenção, à expectativa que fazemos em relação ao Tribunal de Contas do Estado
do Rio Grande do Sul. Gostaria de lembrar de algumas questões onde o Tribunal
de Contas foi fundamental e é fundamental, e foi corajoso, firme e constrói
parâmetros novos na estrutura pública, prezando – e quero chamar a atenção
sobre quanto são importantes – os conceitos da impessoalidade, da moralidade,
da publicidade, da economicidade e da legalidade, que são preceitos que, se
seguidos, nos orientam de forma muito límpida.
Nós, Vereadores, temos uma função muito semelhante,
talvez não com o poder que o Ministério Público tem, mas de muita responsabilidade,
de respeitar plenamente esses cinco princípios da Administração pública. E
nesse sentido a Ver.ª Fernanda já ressaltou o tema da passagem, quando nós,
hoje, vivemos uma nova licitação, podemos vislumbrar mudanças no sistema de
transporte, na capacidade – e ainda muito longe, muito aquém do que
gostaríamos. Nós, por exemplo, o Ver. Comassetto e eu, fizemos um esforço e não
conseguimos aprovar, aliás, esta Casa reprovou mudanças importantes que dariam
– na linha do que o pleno Tribunal de Contas tirou – mais gestão, mais
capacidade de interferência da população, dos usuários e do gestor sobre o
preço e sobre a qualidade. Eu diria que o Tribunal de Contas fez muito bem a
sua função e que nós, aqui na Câmara, deveríamos ter avançado mais, Ver. Engº
Comassetto. A nossa bancada é frustrada, porque nós entendíamos que o Governo
deveria dominar todo o fundo tarifário e todo o controle da tarifa. Então,
comparando aqui, a caminhada é desigual, mas ela vai se realimentando, se
apoiando, e eu acho que nós devemos, exatamente, ter uma atenção mútua, que é o
que pode favorecer o avanço de cada uma das políticas e do Brasil que nós
queremos.
Quero chamar atenção de um outro tema, na outra
ponta, que é a dedicação, o estudo, a competência com que o Tribunal de Contas
tem se dedicado no atendimento à Educação Infantil dos Municípios do Estado do
Rio Grande do Sul, em especial radiografando e atualizando essa radiografia em
relação a Porto Alegre e ao Rio Grande do Sul; a dedicação, a qualidade
técnica, uma área que os auditores não conheciam, visitando creches, escolas.
Nós ainda não exploramos suficientemente, mas temos trabalhado com esses dados,
tanto na Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente agora, nas
discussões que fizemos aqui em Plenário. Final do ano...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: ...aprovamos aqui uma emenda popular, de R$ 2,5
milhões, para o convênio com as creches comunitárias, e muito era do diálogo,
tanto dessas instituições quanto dos dados que os senhores nos apresentaram, da
tensão que fazem sobre o Governo Municipal, e eu acho que essa combinação de
ações – a mobilização, o Parlamento, o Governo e o Tribunal de Contas – resultam
em alguns avanços importantes e preciosíssimos.
Quero, enfim, fechar
aqui, não causando desconforto a ninguém, mas parabenizando o Presidente Cezar
Miola, o Dr. Geraldo e o Conselheiro Estilac – se esqueci alguém vocês me
corrijam –, que abriram mão do auxílio-moradia. Acho que vivemos tempos de
buscar superar desigualdades, vivemos tempos de grandes tensões no Brasil, foi
exemplar essa postura, exemplar para mostrar, e nós vivemos aqui tensão...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: ...nessa distância entre os salários públicos. Nós
queremos todos os servidores bem valorizados, e acho que exemplos como esse
caminham nesse sentido.
Parabéns, longa vida
ao Tribunal de Contas do Estado.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Convidamos o
Sr. Cezar Miola, conselheiro e Presidente do Tribunal de Contas do Estado Rio
Grande do Sul, para receber o diploma alusivo aos 80 anos do Tribunal de Contas
do Estado do Rio Grande do Sul.
(Procede-se à entrega do Diploma.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Sr. Cezar Miola, Presidente do Tribunal de Contas
do Estado do Rio Grande do Sul, está com a palavra.
O SR. CEZAR
MIOLA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero dizer, Sr.
Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; que este é um dos momentos mais significativos
– ainda que pareça lugar comum, vão dizer – para mim e para a instituição que,
neste momento, tenho a honra e a alegria de dirigir. Este é um espaço nobre,
este é um espaço sagrado, reservado aos representantes, no caso, do povo de
Porto Alegre, aos detentores da delegação e do mandato popular. E eu tenho essa
honra pela segunda vez, é a segunda oportunidade que tenho, como Presidente do
TCE gaúcho, de utilizar este espaço, hoje, sobretudo para agradecer à Câmara da
nossa Capital, e, portanto, ao povo de Porto Alegre, pela homenagem que presta
ao ensejo dos 80 anos da Corte de Contas do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.
Vamos levar este símbolo, materializado no diploma,
para a nossa Casa, apresentá-lo e guarnecê-lo como uma manifestação de respeito
a esta instituição criada, como bem se lembrou aqui, por Flores da Cunha, há
oito décadas.
Nascemos já algum tempo depois da criação do
Tribunal de Contas da União, criado ele no alvorecer da República. Aliás,
costumo dizer que é significativo que o Tribunal de Contas nasça praticamente
junto com a Proclamação da República, porque o Tribunal de Contas é o sinônimo
autêntico do apreço, da valorização que a ordem jurídico-política, e que
sociedade comete ao controle. É significativo, portanto, que, a termos
proclamado a República Federativa do Brasil – como hoje a denominamos –,
tivéssemos também pela inspiração, pela genialidade e pelo compromisso, também
republicano, há de se dizer, de Rui Barbosa, visto nascer o Tribunal de Contas,
hoje denominado Tribunal de Contas da União, presente em todas as unidades da
Federação e ainda em duas capitais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Venho aqui hoje dizendo da alegria do Tribunal com
esta homenagem, e, ao mesmo tempo, reafirmando o compromisso que inspirou a
criação do Tribunal de Contas, no final do século XIX, e em 1935, quando a
nossa instituição foi concebida e concretizada, o compromisso de uma
instituição umbilicalmente ligada com o Poder Legislativo – aqui tantas vezes
se lembrou –, porque somos, em última análise, o braço, o suporte técnico para
que o Poder Legislativo, no caso a Assembleia do Rio Grande do Sul e suas 497
Câmaras, possam cumprir uma das precípuas funções do Parlamento – que sabem bem
as senhoras e os senhores –, que é exatamente de fiscalizar. Essa nossa relação
direta, próxima, há de ser efetiva, e, ao longo dos últimos anos, sobretudo,
temos procurado concretizá-la através de uma série de ações, que vão do terreno
da parceria institucional, das ações educativas, mas, sobretudo, do
oferecimento de subsídios para que o Poder Legislativo possa bem desempenhar a
sua missão, aparatado com elementos, com informações, com subsídios.
Aqui foram lembrados alguns trabalhos muito
significativos, muitos próximos da realidade da Capital, como é o caso das
tarifas do transporte coletivo, como é o caso da oferta de vagas em creches e
pré-escolas. Mas poderia, lembrando do que disse aqui a Ver.ª Fernanda
Melchionna, reforçar o compromisso do Tribunal de Contas exatamente em relação
à efetivação dos direitos e garantias fundamentais. Se não há política púbica
executada fora das balizas do orçamento, se a nossa função fundamental pode ser
sintetizada na fiscalização e no controle dos orçamentos, é porque temos, sim,
compromisso muito forte, muito intenso, que inclusive é fruto da nossa
constante atenção e preocupação com a efetivação – eu repito – dos direitos e
garantias colocados no âmbito da Constituição brasileira de 1988. Somos,
portanto, de alguma maneira responsáveis no sentido de que as ações, as
diretrizes, as definições estabelecidas no âmbito dos orçamentos, através do
Poder Executivo e do Poder Legislativo, ganhem materialidade e se efetivem em
benefício da sociedade. O órgão de controle, particularmente o Tribunal de
Contas, não existe pó si mesmo, não tem finalidade que se exaure no exercício
da função fiscalizadora. Assumimos esse compromisso, inclusive, na nossa missão
ao definirmos que a centralidade da nossa atuação se coloca no sentido do
aperfeiçoamento da melhoria da gestão e da governança.
Portanto, ao celebrarmos os 80 anos e ao
agradecermos as homenagens que a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que o
Legislativo da Capital nos presta, renovamos o nosso compromisso com a
agilidade, com a celeridade, com o controle concomitante, como aqui também se
lembrou, porque sabemos que muito da efetividade desse controle passa pela
nossa capacidade de acompanhar o conjunto da gestão pública, não lidando com o
fato consumado, ou, como dizia o já falecido Ministro do Tribunal de Contas da
União, fazendo biópsias em vez de autópsias, ou seja, atuando preventivamente,
porque partimos do pressuposto de que o objetivo de todo agente público, seja
de qual Poder ou órgão da Administração for, está imbuído de realizar e de
concretizar o melhor.
Há o compromisso com a efetividade do controle e
com a absoluta radicalidade em relação à transparência, colocando a vida
administrativa do Tribunal verdadeiramente em público, mas não apenas esta: as
atividades de controle externo dos mais de 1.250 Poderes e órgãos da
Administração do Estado e dos Municípios gaúchos ao conhecimento da sociedade.
Isso para que o cidadão possa ser, na medida das suas possibilidades, um ator
efetivo – eu diria até mais do que efetivo: determinante, para que tenhamos uma
ação de Governo, de gestão e de governança pautada não só pelo atingimento das
metas previstas nas Leis Orçamentárias, mas que esta concretização se dê
inspirada à luz do princípio republicano, repito, com transparência,
prestando-se contas, em caráter permanente, àquele que é, efetivamente, como
diz a Constituição brasileira, o detentor do poder, que é o povo, no caso o
povo do Rio Grande do Sul, o povo de Porto Alegre.
Muito obrigado à Câmara de Vereadores de Porto
Alegre por esta homenagem; muito obrigado a todas as Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores. Continuem contando com esta relação colaborativa do Tribunal de
Contas, para que as funções de legislar e de fiscalizar desta Casa possam ser
desempenhadas cada vez com mais qualidade e com mais efetividade no interesse
da cidadania, da população do Estado e, particularmente, do povo de Porto
Alegre. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Agradecemos a todos pela presença e damos por
encerrada a homenagem. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h54min.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 16h01min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Tarciso
Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde,
Vereador-Presidente Mauro Pinheiro; Vereadores e Vereadoras, e a todos os que
nos assistem, muitas vezes venho aqui criticar, mas as coisas boas a gente
também tem que elogiar. Aquilo que é bom tem que ser dito também. Estive fora
uma semana e acompanhei a chuva que caiu aqui em Porto Alegre, no Rio Grande do
Sul, Paraná, Santa Catarina, muita chuva! Quero dar os parabéns à Prefeitura
Municipal de Porto Alegre, através do Nelcir Tessaro, Secretário de Coordenação
Geral da Defesa Civil, pelo belíssimo trabalho. Estava vendo, acompanhando, o
Nelcir se encontra aqui com a gente, e se fosse de outro partido que não o meu,
eu viria aqui com esse mesmo elogio, pois são coisas humanitárias. Temos que
aplaudir, pois o efeito daquela chuva é da natureza, mas o homem soube conduzir
para que nossos irmãos menos favorecidos não ficassem jogados numa ilha,
ilhados. Os dados que tenho aqui: dessas três mil pessoas, 319 foram abrigadas
e acolhidas em escolas de Porto Alegre, onde foram entregues alimentos,
cobertores, agasalhos, e prestado atendimento médico. A Defesa Civil atende
previamente, durante as cheias, 53 locais de risco que possuem construções
irregulares. Durante a cheia foram recebidas, pela Defesa Civil, 16 mil peças
de roupas, cobertores, colchões, quatro mil quilos de alimentos. Desse total,
foram entregues dois mil quilos de alimentos a essa região e sete mil peças de
roupas. A Defesa Civil teve uma parceria grande com a FASC. Foi importante
também o trabalho da FASC, que destinou também colchões, cobertores e alimentos
às vítimas das enchentes.
Porto Alegre não teve
prejuízos como Alvorada, Cachoeirinha, Esteio, porque houve uma grande parceria
com as Secretarias do Governo. Então a gente quer aqui elogiar a Prefeitura,
através do Gabinete de Defesa Civil, do Secretário Nelcir Tessaro. Parabéns! E
parabéns, mais uma vez, por estar no nosso partido, esse partido novo, que começou
há pouco e que já vem mostrando por que cresce no Rio Grande do Sul. Às vezes
esses trabalhos humanitários são muito escondidos, mas são muito importantes
para uma sociedade melhor e, principalmente, para os nossos irmãos
desfavorecidos na Cidade. O que ocorre são obras da natureza, sobre as quais
não conseguimos intervir, mas, sim, podemos ser solidários com os nossos irmãos
que, naquele momento, tanto precisam de todos nós. E tu estavas lá junto com a
tua equipe, e eu te vi na foto ajudando, botando a mão na massa, não foi só
para a televisão; botou a mão na massa e mostrou por que...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: ...Para
encerrar, quero dar os parabéns à Prefeitura de Porto Alegre, os parabéns à
Defesa Civil, os parabéns à FASC. Esse é o trabalho que temos que fazer para a
nossa Cidade. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Paulo Brum
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Carlos
Casartelli está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS
CASARTELLI: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, uso o tempo de Liderança para falar sobre o
projeto Coração no Ritmo Certo, que é um projeto da Secretaria Municipal da
Saúde de Porto Alegre. Eu estou usando este tempo também porque os colegas da
Secretaria da Saúde estão aqui no Plenário Ana Terra dando um treinamento sobre
reanimação cardiorrespiratória para os professores, para os servidores da
Secretaria Municipal de Esportes. A ideia é que, em breve, também, eles possam
treinar os servidores da Casa para o processo de reanimação
cardiorrespiratória. Inclusive, acredito que nós, Vereadores, também deveríamos
fazer esse treinamento.
Quero repassar apenas alguns dados aqui sobre o número de óbitos por
parada cardiorrespiratória no nosso País. No Brasil, a cada ano, cerca de 250
mil pessoas vão a óbito por parada cardíaca, o que significa um óbito por
parada cardíaca a cada dois minutos. Oitenta por cento das paradas cardíacas
acontecem fora do ambiente hospitalar. Então, se nós não tivermos pessoas
capacitadas e treinadas no maior número possível para iniciar o processo de
reanimação, é uma possibilidade a menos, vai se perdendo a possibilidade de
reanimação e de trazer essa pessoa a ter, de novo, os seus batimentos cardíacos
e a sua circulação. Então se nós treinarmos o maior número possível de pessoas,
podemos dobrar, triplicar a capacidade de recuperar alguém de uma parada
cardiorrespiratória.
O processo de reanimação cardiorrespiratória é bastante simples. Sempre
que alguém apresenta um quadro de urgência, uma parada cardíaca, nós temos
cinco procedimentos que precisam ser feitos. O primeiro é a solicitação de um
socorro, pedir socorro para alguém que esteja próximo, para que essa pessoa
entre em contato com o Serviço de
Atendimento Médico de Urgência, mas não
se pode ficar esperando pelo SAMU para que se inicie o processo de reanimação.
Hoje em dia, não precisa mais procurar o pulso de alguém para ver se tem
batimento cardíaco ou não. Hoje, o procedimento é bastante simples: se a pessoa
está respirando, ótimo; se a pessoa tem sinais de respiração, liga-se
para o Serviço de Atendimento Móvel Urgente e se espera a sua chegada. Se a
pessoa não está respirando, inicia-se imediatamente o processo de massagem
cardíaca, um processo bastante simples, qualquer pessoa pode ser treinada em
cinco, seis minutos, qualquer faixa etária consegue fazer o procedimento. E
usar o equipamento simples, o desfibrilador externo automático. Inclusive, não
sei se o temos aqui na Casa, mas é importante termos. Precisamos fazer o
treinamento com nossos servidores, e também nós, Vereadores, precisamos ser
treinados para esse procedimento. Por quê? Porque a cada minuto que se perde
para reanimar, a cada minuto que a pessoa está sem respirar, perde-se 10% das
chances de recuperação dos batimentos cardíacos. Em dez minutos, temos a
certeza de que em cem por cento das pessoas a situação será irreversível. A função
desse projeto é, ao longo de algum tempo, termos Porto Alegre como uma cidade
cardioprotegida, com desfibriladores externos automáticos em vários locais, com
um número de pessoas treinadas que possam ser acionadas por meio de um sistema
de celular onde o SAMU possa entrar em contato com a pessoa que estiver mais
próxima. O pessoal da Secretaria está hoje aqui no plenário Ana Terra treinando
a equipe de professores da Secretaria de Esporte para fazerem a reanimação em
qualquer situação de alguém com parada cardíaca.
Era esse o recado que
queria dar, e parabenizar a Secretaria da Saúde que está aqui ao nosso lado.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Passamos ao
O Ver. Cassio
Trogildo está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Boa tarde Sr. Presidente, Paulo Brum; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; público que nos acompanha nas galerias e TVCâmara; vou usar este
período de Grande Expediente para repercutir um programa da TVCâmara, Porto
Alegre em Debate, de que participamos, hoje pela manhã – este Vereador; a Ver.ª
Jussara Cony, pela Liderança de oposição; Ver. Reginaldo Pujol, Vice-Líder do
Governo; e também a Ver.ª Sofia Cavedon. Este programa teve o objetivo de fazer
um debate e uma avaliação do primeiro semestre da Câmara Municipal e também uma
projeção para o segundo semestre.
Os dados que foram levantados e colocados no nosso
programa foram de que tivemos, no primeiro semestre, 68 Sessões Plenárias,
Ordinárias e Extraordinárias, na nossa Câmara Municipal de Porto Alegre, sendo
que 154 propostas foram aprovadas. Vale ressaltar que uma das atribuições dos
Vereadores é propor leis, mas há também outras atribuições, que é a discussão
das leis e a fiscalização do seu cumprimento, que também são cumpridas nas
Reuniões Ordinárias das Comissões, nas Comissões Especiais e nas Comissões
Parlamentares de Inquérito.
Tivemos praticamente um consenso sobre os grandes
temas do primeiro semestre, e não poderíamos escapar desses grandes temas. O
Plano Municipal, de Educação vai ditar as diretrizes para a educação para os
próximos dez anos, o que vem de um direcionamento do Plano Nacional de
Educação, passando pelo Plano Estadual de Educação, e chegando aos Municípios.
E Porto Alegre,então, terá o seu Plano Municipal de Educação, já aprovado nesta
Casa, requisito esse também que era fundamental, a partir da legislação
federal, para que pudesse, inclusive, ter a continuidade do repasse dos
recursos do Governo Estadual e Federal para o Município de Porto Alegre.
Outro grande tema que também consensualmente foi
abordado aqui nesta Casa foi o Plano Municipal de Cultura, que, no princípio,
parecia ser polêmico, mas teve uma grande construção neste plenário e foi
aprovado pela unanimidade dos Vereadores. Porto Alegre agora também tem um
Plano Municipal de Cultura que deverá nortear toda a área de cultura para os
próximos anos.
Esta Casa é dos grandes debates. Quando se disputa
uma eleição para o Executivo, existem um prefeito e um vice-prefeito que vencem
a eleição; esta Casa representa, Ver. Marcio Bins Ely, a média da sociedade.
Aqui nós temos 36 Vereadores, 14 bancadas – já fomos 15 no início da
Legislatura –, que tratam dos assuntos cotidianos, e, para o segundo semestre,
teremos grandes outros temas a serem abordados. Desde o início da minha
participação nesta Casa – estou no terceiro ano como Vereador –, sempre tive
como referência, todos os anos, dentro da prerrogativa do Vereador, a discussão
também dos projetos de lei de grande importância, que são a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. E não poderia ser diferente neste
ano, quando, logo, logo, estaremos discutindo no nosso plenário a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. Para isso Porto Alegre já
está no 26º ano em que, para elaborar o seu Orçamento na parte de
investimentos, utiliza as rodadas do Orçamento Participativo. Tivemos, no
início da semana passada, o início das rodadas únicas do Orçamento
Participativo – e elas continuam, hoje com a temática da cultura, ali na Casa
do Gaúcho –, que é uma prática consolidada na nossa Cidade, que não foi criada,
inclusive, pelo nosso Governo, pois ela já existe há 26 anos. Mas lá em 2004,
quando houve a eleição do Prefeito Fogaça, ele já se comprometia durante o
período eleitoral que manteria o Orçamento Participativo como uma forma de
consulta à população para a elaboração do Orçamento na parte que cabe ao
investimento. E temos a convicção de que isso virou parte da vida de Porto
Alegre. Não tem mais propriedade de um governo ou de uma frente partidária ou
de um partido político; está consolidada como uma forma efetiva de consulta na
elaboração do Orçamento da nossa Cidade. São milhares de cidades, mundo a fora,
que já vieram a Porto Alegre buscar essa prática de democracia participativa,
de participação popular na elaboração dos seus orçamentos, trazendo, inclusive
para Porto Alegre, o Fórum Social Mundial, que, no ano que vem, deverá retornar
com uma edição comemorativa, Ver.ª Jussara Cony. Nós temos toda convicção de
que foi a partir do Orçamento Participativo que nós tivemos, inclusive, o
próprio Fórum Social Mundial, fazendo com que Porto Alegre entrasse no
calendário mundial das cidades que têm a democracia participativa como eixo no
seu comportamento.
Projetando o segundo semestre, quero trabalhar com
um projeto que chegou a esta Casa no final do ano passado, que é o
restabelecimento da Zona Rural de Porto Alegre. Nós temos uma Comissão
Especial, que já está trabalhando há pouco mais de 60 dias, que serviu, e
muito, para tirar muitas dúvidas em relação a esse tema da Zona Rural de Porto
alegre. Até 1999, nós tínhamos uma Zona Rural que correspondia a 30% do nosso
território da Cidade; a partir do Plano Diretor de 1999, todas as zonas de
Porto Alegre viveram Zonas Urbanas. E, no final do ano passado, o Executivo
Municipal apresentou a esta Casa, Ver. Nereu D’Avila, um projeto restabelecendo
a Zona Rural de Porto Alegre – é um projeto do Executivo – em 8,23% do seu
território. Chegou aqui no final do ano passado e já houve um audiência
pública, onde, desta tribuna, já me manifestei como favorável à tese da Zona
Rural, mas dizendo que nós precisaríamos de uma Comissão Especial, da qual fui
proponente e a presido, nesta Casa, tendo em vista a relevância do assunto, que
irá mudar o Regime Urbanístico da Cidade em quase 9% do nosso território. Ao
longo desse tempo, ao longo desse trabalho, muitas dúvidas foram tiradas no
trabalho da nossa Comissão Especial. Uma das dúvidas, por exemplo, era de que
os produtores rurais sempre afirmavam que não tinham licenciamento para suas
atividades, e isso é verdadeiro. A legislação estadual determina que os
criadouros de animais só podem ser licenciados nas Zonas Rurais. Portanto,
todas as atividades de criadouros existentes na Cidade, Ver. Comassetto, que é
relator da nossa Comissão Especial, são atividades, hoje, que não estão dentro
da regularidade. E não tendo licenciamento ambiental, essas atividades, quando
precisam de algum financiamento, têm dificuldade de buscá-lo, porque justamente
não têm a licença ambiental. Então esse é um problema que o restabelecimento da
Zona Rural vem sanar.
Uma outra questão é a dos produtores rurais que
ficarão fora do território em que será restabelecida a Zona Rural. O que
averiguamos até agora na Comissão? Os produtores primários que não são
criadores poderão se estabelecer em qualquer outra parte do território da
Cidade, desde que cumpram a normativa da Secretaria Municipal de Indústria e
Comércio, autodeclarando-se produtores primários em qualquer outra atividade
que não a de criador, e poderão ter, inclusive, os benefícios que têm os
produtores de forma geral: a não incidência do IPTU e a isenção da taxa de
lixo.
Nós temos algumas dificuldades ainda a serem
transpostas, e uma delas é a existência de alguns conglomerados urbanos que
estarão dentro dessa Zona Rural e, em relação a isso, o projeto do Executivo
não tem ainda uma proposição de como será solucionada essa questão.
Nós teremos, pelo calendário da nossa Comissão
Especial, no dia 12 de agosto, uma reunião em que teremos a apresentação do
relatório pelo Ver. Engº Comassetto, Relator, aos Vereadores; e, duas semanas
depois – a nossa Comissão reúne-se a cada 15 dias –, no dia 26, temos uma
possibilidade de apresentar, então, esse relatório à sociedade civil
organizada, que vem nos acompanhando em nossas reuniões.
Para finalizar, quero dizer aqui que estou
convencido que esse tema do restabelecimento da Zona Rural em Porto Alegre tem
muito a ver com a questão da resiliência. E me antecedeu aqui o Ver. Tarciso,
que falava da questão das enchentes, do trabalho da assistência social, do
trabalho da Defesa Civil, cujo Secretário, Nelcir Tessaro, estava aqui até
agora há pouco. A Zona Rural traz para dentro do ambiente de Porto Alegre também
o tema da resiliência, que é a preparação da Cidade para a possibilidade de
catástrofes. Nós vivemos recentemente, Ver. Bosco, em função do nosso clima,
cheias em praticamente toda a Região Metropolitana. E, frente ao cenário da
Região Metropolitana, Porto Alegre até teve um grande desempenho. E lógico que
isso não caiu do céu, foi fruto de muito investimento feito na parte
macrodrenagem. E eu citaria aqui três das grandes obras que foram executadas
nos últimos dez anos: o Conduto Forçado Álvaro Chavez, que atendeu 16 bairros.
Quem não lembra da época em que não tínhamos o Conduto Forçado Álvaro Chavez
ali em plena Av. Goethe, pessoas passeando de jet ski, quando havia grandes chuvas. Isso está solucionado. Uma
grande obra de drenagem na Av. Panamericana, também, que solucionou todo o
entorno de alagamentos que se tinha naquela região. Na Rua Padre Cacique,
próximo ao estádio Beira-Rio, em frente a FASE, era outro lugar que tinha
também sempre alagamento na Cidade. Isso só para citar alguns poucos exemplos.
E a Cidade está se preparando mais ainda: na sexta-feira passada foi lançada,
na Prefeitura, no Paço Municipal, pelo DEP e pelo Prefeito Municipal, uma
programação de mais R$ 237 milhões em investimentos na área de prevenção às
cheias em Porto Alegre, com a automatização de todas as casas de bombas,
aquelas que ainda não são automatizadas, e um programa de drenagem em duas
outras grandes bacias, na nossa cidade de Porto Alegre. Estas obras, R$ 237
milhões de investimento, serão com recursos do Orçamento geral da União. Ou
seja, são recursos que a Cidade foi buscar, a partir de ter projetos. Foram
investidos R$ 3 milhões em projetos, e quando o Ministério das Cidades abriu os
editais para esta área de combate às cheias, Porto Alegre estava pronta. Se
candidatou e agora teve a aprovação de mais R$ 237 milhões de investimentos –
recursos do Governo Federal, que são recursos a fundo perdido, do Orçamento
geral da União. Não vai ter que ter devolução pela Cidade, em obras de
macrodrenagem que deverão colocar Porto Alegre num patamar ainda mais elevado
no combate e prevenção às cheias, que tem sido tão recorrente nos últimos anos
na nossa Cidade, na região metropolitana e em todo o Estado do Rio Grande do
Sul. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver.
Clàudio Janta está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadores, vou usar esse tempo para fazer um balanço dos
projetos que nós apresentamos nesta Casa: um que está em tramitação nesse
período em que tivemos grandes enchentes em Porto Alegre que cria normas para ajudar a conter essas
enchentes, principalmente nos condomínios, nos grandes prédios que nós criamos.
Está em tramitação nesta Casa outro projeto que coloca Wi-Fi nos ônibus de
Porto Alegre, disponibilizando para as pessoas a utilização de Wi-Fi dentro dos
ônibus para que as pessoas possam usar esse sistema. Outro projeto é o Programa
Consciência Cidadã que também está em tramitação nesta Casa; outro projeto
nosso é o Orienta POA: que todas as placas da Cidade orientem a população.
O Sr. João
Bosco Vaz: V.Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Clàudio Janta,
eu ouvi V. Exa. falando do Wi-Fi nos ônibus de Porto Alegre. Isso aí nós
tentamos implementar durante a Copa, que seria um grande ganho. Então, nós
resolvemos fazer um piloto na linha que levava para a PUC, porque antes da Copa
e agora também, os ônibus que vão para a PUC estão sempre lotados.
Infelizmente, não funcionou como a gente gostaria que funcionasse. Nós não
conseguimos implementar essa ideia do Wi-Fi; então, que seja bem-vinda e que se
consiga um avanço com a nova tecnologia que venha. Porque isso aí é essencial,
inclusive para os jovens, que podem ir estudando no ônibus para fazer a sua
prova. Parabéns!
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Muito obrigado, Ver. João Bosco. Com certeza, as tecnologias evoluem
mensalmente, e nós acreditamos, pelo estudo que foi feito, que as empresas,
juntamente com a nossa empresa pública, já podem, hoje em dia, disponibilizar o
Wi-Fi para os jovens e para a própria segurança pública.
Também temos outro projeto, que trata da questão
das aulas de autoescola, para que não aconteçam nos horários de pico, nas
grandes avenidas, o que dificulta o trânsito.
Há uma série de outros projetos tramitando aqui na
Casa e outros que já foram aprovados, como o Casa Segura; a Secretaria de
Diligências, que permite que o Secretário de Diligência do Ministério Público...
Também o projeto que institui o Dia Municipal dos Pretos Velhos, e o projeto
que inclui a festividade Quimbandeiros e Amigos de Exu Maré no Calendário de
Eventos de Porto Alegre. No nosso mandato, temos discutido a questão dos
trabalhadores, das políticas públicas, principalmente as do mundo do trabalho.
Nós, neste mês, chegamos a 8.480.000 trabalhadores desempregados, além de
termos uma inflação que já compromete 56% do salário mínimo dos trabalhadores.
Agora, às 16h20min, conforme o impostômetro, os trabalhadores brasileiros
pagaram R$ 1 trilhão, 186 bilhões, 866 milhões e 980 mil de impostos. Isto é
uma política de governo que vem sendo feita: onerar os trabalhadores, numa
tributação que vem desde a hora em que a gente acorda de manhã, quando a gente
liga a luz da nossa casa, abre a torneira para escovar nossos dentes, tomar o
nosso banho, lá vêm embutido o imposto na nossa luz. Já tivemos mais de dois
aumentos, um de 20% e outro e 50% nessa luz, no nosso gás de cozinha. Isso sai
direto do bolso do trabalhador, esse trabalhador que já paga, quando ganha mais
de R$ 1.700,00, o Imposto de Renda lá na sua fonte. Esse trabalhador que teve,
neste mês, a taxa Selic passando para 14,25%, essa é a taxa que determina todo
juro no mercado brasileiro, todo juro que é decidido no cheque especial, que é
decidido no cartão de crédito, esse juro que vai para as mercadorias, para o
arroz, para o feijão, para o azeite, está embutido em todos os produtos da
cesta básica, sai do bolso do trabalhador brasileiro. E aí o nosso Governo, a
nossa presidência da República lança mais uma Medida Provisória, mais um pacote
pedindo aos trabalhadores a sua contribuição, pedindo aos trabalhadores que
abram mão de 30% do seu salário. Os trabalhadores brasileiros novamente têm que
contribuir com o Governo. Novamente, os trabalhadores brasileiros têm que
contribuir para um Governo que não cumpriu suas metas na educação, não cumpriu
suas metas na saúde, não cumpriu suas metas na segurança, não cumpriu suas
metas na geração de emprego, não cumpriu suas metas no desenvolvimento, não
cumpriu as suas metas em nada! E diz que tem o Pré-Sal! Cadê o Pré-Sal? Quero
ver o Pré-Sal, conheço uma coisa só no Brasil que trata de petróleo, que é a
Petrobras, que querem acabar, que querem destruir, que querem vender, e isso eu
conheço! Agora, o Pré-Sal é uma coisa que vi o Eike Batista sujar suas mãos de
petróleo, junto com a Dilma e com o Lula, e vender uma promessa para o povo
brasileiro e para seus investidores! E agora ele anda escondido, pois querem matá-lo,
querem seu dinheiro de volta. Que sugou e roubou do BNDES, isso eu vi do
Pré-Sal, o Pré-Sal no bolso do Eike Batista! Agora, quero ver onde está o
dinheiro do Pré-Sal que dizem que vão dar para saúde e educação! Onde está o
Pré-Sal? Onde está isso? Se existisse esse Pré-Sal, o Brasil não estaria com a
dívida que está! Se existisse esse Pré-Sal mesmo, estavam lá os americanos, os
chineses, os coreanos e os japoneses explorando esse Pré-Sal, estão lá querendo
comprar a Petrobras, a maior empresa petrolífica deste mundo! Lá eles estão
querendo comprar. Aí ficam dizendo: “Ah, o Pré-Sal!” O Pré-Sal está aí: os
trabalhadores sendo escravizados, doando 30% do seu salário para um Governo
salafrário, que rouba, e todo dia aparece alguém preso! Hoje foi o chefão! O
chefão do mensalão, o chefão da sanguessuga, o chefão dos bingos. Hoje foi
preso, de novo. Já está acostumado, ele já sabe até o caminho da Papuda. Nem
precisou de algema hoje. Ele disse: “Não, isso aí eu já conheço. Não precisa
nem colocar algema em mim! Já conheço!”
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) O seu discurso
está tão bom que é uma pena fazer um aparte, mas eu tinha que fazer. O Pré-Sal
que ele se referiu era pré-saldo na conta do PT. Pré-saldo! Eles colocaram para
dentro do saldo bancário antes. É isso que eles fizeram: pré-saldo. Parabéns
pelo seu discurso, o senhor está numa linha real. Infelizmente, uma linha real:
tirando do povo brasileiro, vendendo promessa e acontecendo o que está
acontecendo hoje no Brasil.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Muito obrigado, Ver. Idenir Cecchim. É verdade. Porque a Presidente, em
vez de supertaxar as grandes fortunas, em vez de mostrar uma saída para o povo
brasileiro, ela lança um pacote onerando os trabalhadores. “Os trabalhadores
vão contribuir com 30% de seus salários e aí o Governo vai repor esses 30%!” O
Governo vai repor? De onde o Governo vai tirar o dinheiro? De onde? Dos
trabalhadores! Não só os 30%. O Governo vai tirar lá do Codefat, lá do BNDES,
que dá para o seu amigo Eike Batista. É de lá que o Governo vai tirar! E vai
beneficiar quem? Não é a pequena empresa, não é quem mais gera emprego neste
País, que são as pequenas e médias empresas. Vai beneficiar quem está na
cadeia, os seus amigos empreiteiros, lá os grandes empreiteiros, Odebrecht,
Andrade Gutierrez – esses cadeeieiros todos! São eles que vão ser os
beneficiados. Vai beneficiar quem mais? As montadoras, que só ganham dinheiro
arrombando o Brasil. Na Europa não ganham tanto dinheiro quanto ganham aqui,
não ganham tanto incentivo do Governo quanto ganham aqui. Vai beneficiar quem?
Quem não gera tanto emprego assim, porque na montadora a maior parte do
trabalho é feita por robôs, não tem tanto emprego; é máquina que pega as coisas
e monta. Quem gera emprego são as pequenas e médias empresas, essas que sabem a
realidade do trabalhador, sabem quando o trabalhador precisa levar um filho no
médico, sabe quando o trabalhador está com as latinhas batendo em casa – esse
não vai ser beneficiado por esse Governo, pelo contrário, esse vem sendo
assolado pelo Governo. Perguntem aos colegas Vereadores, aqui. A maioria dos
colegas usa o período do recesso para voltar às suas origens, visitar os seus
familiares, como o Ver. Cecchim, que vai a Ibiraiaras – parace que as pessoas de
Ibiraiaras invadiram o Estado, porque cada visita que acontece aqui tem alguém
de Ibiraiaras. Mas pergunto aos colegas se eles veem fiscalização nas grandes
BRs deste Brasil? Não, a fiscalização ocorre nas avenidas secundárias para
pegar o pequeno empresário. O Governo só onera o pequeno. O exemplo disso é o
trabalhador: é o trabalhador que paga imposto de renda na fonte, é no
contracheque do trabalhador que está descontado o imposto de renda, é o
trabalhador que não tem arrego nenhum no imposto de renda, no momento em que
não pode abater o imposto na escola do seu filho, no plano de saúde. Já o
grande, ele é beneficiado. Vejam quanto os bancos ganharam de juros no primeiro
trimestre. Os banqueiros foram os únicos que ganharam dinheiro neste País. Quem
mais contribui para a campanha eleitoral? São os banqueiros!
O Ministro da Economia, depois de uma reunião com o FMI, ficou dando recado, na semana passada, dando explicações sobre o custo Brasil. Pois eu digo a ele que o custo Brasil é o nosso bolso, é quando nós vamos à feira, é quando nós vamos ao supermercado, é o aumento no arroz, no feijão, no café, no açúcar, na cesta básica. Mas aí querem se fazer de vítima, dizendo que tem um golpe. Não tem golpe nenhum! O que tem é um sentimento do povo brasileiro de enganação, pois a Presidente foi à televisão e disse que, nem que a vaca tossisse, ela tiraria direitos dos trabalhadores. Essa vaca está rouca de tanto tossir, porque tirou direitos dos empregados, quando mexeu no seguro-desemprego, porque tirou direitos das pensionistas, dos pescadores, e, agora, está tirando o direito dos trabalhadores, ao mexer em 30% do seu salário! A vaca está rouca de tanto tossir, por tirar direitos dos trabalhadores e por ficar sentada no colo dos banqueiros! Volta para o trilho, Presidente, volta para a luta, volta para o lado dos trabalhadores! Se a senhora estiver do lado dos trabalhadores, ninguém vai tirar a senhora de lá! Mas a senhora foi eleita pelo voto popular e se acobertou com os banqueiros, a senhora se acobertou com a roubalheira que entrega este País, que rouba do povo brasileiro...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ...Volta para o lado dos trabalhadores, porque canta aí o povo
brasileiro que quem mexeu na poupança do povo brasileiro, quem traiu e mentiu
para o povo brasileiro com certeza foi tirado de lá, e, se a senhora continuar
mentido para o povo brasileiro, se a senhora continuar traindo os trabalhadores,
com certeza esses trabalhadores irão às ruas, como irão agora, no dia 16, e vão
tirar a senhora de lá! Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Presidente Mauro Pinheiro, eu queria ter falado no
início da Sessão, mas, em função da homenagem ao Tribunal de Contas do Estado,
deixei para falar agora, depois do Grande Expediente, da homenagem de várias
outras lideranças, diante da gravidade, da crise brutal que hoje vive o Estado
do Rio Grande do Sul.
Nós assistimos a um verdadeiro massacre contra o
funcionalismo público, que teve o salário parcelado no mês de julho, e boa
parte dos trabalhadores, 100% dos trabalhadores da segurança pública, da
Polícia Civil, da Brigada Militar; 40% dos servidores da rede de educação
estadual; todos os cargos técnico-científicos do Estado do Rio Grande do Sul,
os agentes da Susepe estão vivendo um momento extremamente grave nas mãos do
Governo Sartori. Há um parcelamento brutal dos salários, um terrorismo com o
funcionalismo público diante da irresponsabilidade dos governos – vou entrar na
questão da dívida pública, em vários outros temas, como sonegação, isenção milionária
de impostos para as grandes empresas –, não honram aquilo que é o devido aos
trabalhadores, que prestaram os seus serviços ao povo do Rio Grande. É um
momento extremamente grave! Hoje, nós vimos que uma grande paralisação dos
servidores foi protagonizada na rede de ensino, com a mobilização dos
familiares, dos brigadianos, da associação, para que essa crise não seja
repassada para as costas dos trabalhadores. E mais grave que isso: o Governo do
Estado ataca de maneira brutal o conjunto do funcionalismo público, o
Governador vai a Curitiba, em vez de estar no Estado do Rio Grande do Sul para
receber as críticas corretas e necessárias do conjunto das lideranças
sindicais.
Nós vemos que, mês a mês, o Governo do Estado
repassa ao Governo Federal uma dívida que, há muito, já foi paga; uma dívida
pública do Estado com a União que existe há 40 anos e nunca foi auditada; uma
dívida que, durante os Governos Britto e Fernando Henrique, ficou convencionada
que seria numa taxa de juros flutuante, sendo que já aumentou 250% nos últimos
anos; uma dívida que já passa de R$ 50 bilhões, muito embora o Governo sempre
tenha pago e nunca tenha auditado, descontado coisas que foram gastas no nosso
Estado com essa dívida. Foi descontada a dívida com a União.
Nós estamos, por um lado, extremamente indignados.
Combatemos aqui a irresponsabilidade e os ataques do Governo Sartori,
combatemos um discurso privatista, um discurso que quer mexer na previdência
dos servidores estaduais. O Governo já disse que vai fazer um projeto atacando
a previdência dos servidores, que quer repassar essa conta para o conjunto da
sociedade, aumentando o ICMS, que, depois, é repassado ao povo gaúcho. Por
outro lado, estamos dizendo que é hora de o Governo Estadual não pagar a dívida
pública dos banqueiros e dos grandes empresários, não pagar o Governo Dilma e
pagar o conjunto do funcionalismo. É inadmissível o calote que está sendo dado
ao conjunto dos servidores estaduais. Não preciso dizer para ninguém aqui que
as contas não são parceladas, que a taxa de juros segue impactando no bolso de
cada um dos servidores públicos estaduais, que as dívidas do Banrisul, que é um
banco público, foram cobradas... E, se esses servidores deixarem de pagar, vão
ter a luz da sua casa cortada, quando, na verdade, é o Governo que está
cortando os salários dos servidores. É uma
irresponsabilidade sem tamanho que vai culminar em uma assembleia geral do
funcionalismo no dia 18 de agosto, que vai determinar greve por tempo
indeterminado. Portanto, nós estamos aqui nos somando aos servidores públicos
estaduais denunciando o calote...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: ...Estamos
denunciando o calote do Governo Sartori e, ao mesmo tempo, prestando toda a
nossa solidariedade aos milhares de servidores estaduais atingidos por esse
ataque brutal na sexta-feira. Hoje estão desesperados sem ter como pagar suas
contas. Vemos que essa hora é a hora de unidade entre todo o conjunto do
funcionalismo público estadual para garantir que os trabalhadores não sigam
pagando a conta dessa crise e da irresponsabilidade dos governos. E que a gente
não aceite nenhum tipo de ataque aos direitos do funcionalismo, ao serviço
público e àqueles servidores e servidoras que dedicaram a vida para garantir um
serviço público para a nossa população, mas que estão sendo brutalmente
atacados pelo Governo Sartori.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, realmente, hoje é um dia que não é de tristeza,
mas de preocupação. Hoje, nós conseguimos ter nas ruas mais brigadianos do que
tínhamos ontem. Não tivemos a Polícia Civil na rua. Nós conseguimos ver uma
demagogia barata lá na frente da Carris. Todos os ônibus da Cidade saíram com
tranquilidade e com segurança, menos meia dúzia de gatos pingados, que ficaram
na porta da Carris e não deixaram os ônibus saírem. E lá não tem ninguém com
atraso de salário, ninguém! Eu fiquei preocupado, Ver.ª Fernanda, porque a
defesa que V. Exa. fez são dos grandes salários, porque dos pequenos salários
ou mentem quando dizem que os professores ganham mil e poucos reais, e o
Governo pagou R$ 2.150,00 ou mentem quando dizem que ganham pouco ou agora que
dizem que não receberam. Qual é a verdade? Por que dizem que brigadiano ganha
mil e pouco, se foi pago R$ 2.150,00? Quem é que está mentindo? Quem diz que ganha
só mil e poucos ou quem diz que não recebeu ganhando R$ 2.150,00? Isso não
justifica os atrasos! O que justifica o atraso é a
irresponsabilidade de quem deveria responder por isso, Ver. Janta – V. Exa.
pegou muito bem. Quem fez um grande rombo neste Estado? O Governo Sartori está
há seis meses! Nós tivemos quatro anos do Governo Tarso, passado; mais quatro
anos do Governo Rigotto; mais quatro anos do Olívio Dutra – são oito anos de PT
nesses últimos tempos; e mais quatro anos da Governadora Yeda. E o PMDB tem
quatro anos e meio de responsabilidade nisso também. Então, a responsabilidade
vem de longe, de quem votou e vota penduricalhos para pessoas que não trabalham
tanto assim para o Estado. Se olharmos os grandes salários do Rio Grande do
Sul, são daqueles que deveriam cobrar os sonegadores. Quem deveria cobrar os
sonegadores? A Procuradoria-Geral do Estado, que é onde tem os maiores
salários. Quem deveria cobrar os sonegadores? A Receita Estadual, onde estão os
outros grandes salários. Nós devemos dar uma olhadinha nas responsabilidades e
não nos furtar das nossas responsabilidades, mas elas se alargam por muito
tempo! E o Rio Grande precisa, de uma vez por todas, estancar isso. Ninguém
quer e ninguém vai tirar direito adquirido de ninguém – não se deve fazer isso
–, mas nós devemos fazer alguma coisa de agora em diante. Não é possível que se
aposente um coronel da Brigada com 47 anos – não é possível! Na flor da idade,
no ápice da sua competência. Existe a expulsória; muitas vezes o coronel não
quer sair, mas é a lei. E a lei faz isso. E eu gosto, Ver. Pujol, de ver que
muitas bancadas esperam até o fim para poder dar respostas ou para poder falar,
principalmente em segurança, Ver. Alberto Kopittke. Eu acho que o Rio Grande do
Sul está vivendo um dia de reflexão. São 11 milhões de gaúchos que trabalham e
vivem no Rio Grande para pagar alguns apaziguados, e muitos trabalhadores! Dos
trezentos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. IDENIR CECCHIM: ...Como eu disse, sem pensar em tirar direitos
adquiridos de ninguém, nem dos baixos salários – dos quais não há o que tirar –
da grande maioria dos trabalhadores, com esse salário que foi pago de R$
2.150,00, 60% dos trabalhadores receberam os seus salários. Com mais R$
1.000,00, passa para 84%! E os outros 16% são os que nós estamos defendendo
aqui. Eles têm o direito, é verdade, têm! E tem que pagar! Mas é só para nos
conscientizarmos de que estamos defendendo 16% do funcionalismo público
estadual, que merecem todo o respeito, mas que não se faça terra arrasada e que
não se minta que professor e brigadiano não receberam. Ou mentiram que ganham
pouco, ou mentiram que não receberam. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, acho até que seria dispensável o meu pronunciamento em função dos
veementes pronunciamentos do Ver. Janta e do Ver. Idenir Cecchim. Não obstante,
Sr. Presidente, já que tinha me inscrito, não perco a oportunidade de
manifestar a minha mais integral surpresa, Ver. Villela, com uma realidade que
vejo aqui nos outros tempos. Parece que aquela velhinha de Taubaté, que foi
muito criticada no final do governo da Revolução de 1964, vestiu outra camiseta
agora! Ora, será que essas pessoas que estão criticando não sabem que esse
Governo que eles apoiaram quebrou o País? Que esse Governo que eles apoiaram
está criando essa situação absolutamente desconfortável para toda a Nação
brasileira?
Então, Sr. Presidente, eu não tenho dúvida nenhuma
de que o Ver. Idenir Cecchim tem razão quando faz algumas das suas afirmações.
É preciso que reconheçamos que quem está governando este País há 12 anos e 6
meses é o Partido dos Trabalhadores e seus aliados, inclusive, nos últimos 6
meses, através de uma procuração, de um mandato que obteve numa eleição geral,
na qual juraram realizar algumas tarefas e algumas posições, e, depois, não
construíram nada.
Então, eu não posso ouvir em silêncio essas manifestações da oposição,
caracterizando o Governo do nosso Sartori como um descalabro. Ele é
consequência do que está acontecendo neste País. Eu estou vindo do Nordeste, e
os governadores de lá estão todos indignados. Foram chamados pela Presidente
Dilma, compareceram esperando que iam receber algum socorro; não receberam
nenhum socorro, Ver. Janta. Sabem qual é o socorro? Ela, a Dilma, pediu para
que eles a socorressem, para tapar esses buracos todos.
Há coisas que são muito claras, é matemática. A
Receita Federal caiu, no último semestre, 3,5, em números absolutos. Se
considerar a inflação, vai a quase 10%. Isso fez com que Porto Alegre, Pelotas
– o Rio Grande do Sul –, todos recebessem o repasse diminuído. E aí, Sr.
Presidente, não são somente R$ 300 milhões que estão colocando o Governador
Sartori em desespero, é muito mais. Só para ter uma ideia: o rombo da Petrobras
é de R$ 70 milhões já comprovados. Ora, se vamos considerar esse aspecto todo,
a responsabilidade por esse quadro negativo, absolutamente desprezível,
pertence a quem está no Governo. Não vem agora dizer, Ver. Bernardino, que
estamos fazendo uma campanha golpista. Não tem nada de golpe, não. Eles sabem quando
é que vão ter que largar isso, não vão conseguir continuar até o fim. Não há
mais credibilidade que permita que eles continuem. Não há, Ver. Nereu. Teimar
nesse sentido é entrar chão adentro, é o holocausto, é o final de tudo. É
preciso considerar que a chamada de mais alguém do PSDB para ajudar nas
finanças, veio tardiamente. O PT esquece que, nos seus dois períodos de
mandato, o Presidente do Banco Central era do PSDB, Ver. Nereu D’Avila, e havia
sido eleito em Goiás com a maior votação que Goiânia já tinha obtido. Em uma
negociação surpreendente, renunciou o mandato e ficou oito anos ajudando o
Presidente da República, que foi sucedido pela Presidente Dilma. Então, Sr.
Presidente, o PT não tem proposta de Governo! Ele tem proposta de poder, ele quer
estar no poder. Quer tirar vantagem, transformando em ícone o guerreiro do povo
brasileiro, o nosso bom Dirceu. Não adianta querermos tapar o sol com a
peneira, quebrar o Brasil e junto levar os Estados; e tem que se ter muito
cuidado para que não levem também os Municípios. Nós temos que cuidar desse
quadro porque é um risco absolutamente previsível. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Caros colegas, muito boa tarde, efetivamente hoje é um dia em que os
gaúchos estão refletindo. É verdade que temos uma crise econômica no País. É
verdade que essa crise é culpa da concentração de renda do sistema financeiro
brasileiro internacional. É verdade que nós temos uma elite do serviço público
que ganha mais que o dobro do piso nacional dos Ministros do Supremo, uma casta
imexível; aliás, nós fizemos um debate sobre isso quando discutimos o plano de
carreira da Fazenda Municipal – os privilégios para os de cima –, e a maioria
aqui apoiou. Tudo isso é verdade, mas nada justifica o que o Governador Sartori
está fazendo com o Rio Grande do Sul. Nada justifica que esse senhor, em sete
meses de governo, não tenha apresentado uma proposta para o Estado. Não tenha
apresentado uma proposta na área da saúde, na área da segurança, na área da
educação, e só faça terrorismo com a vida do servidor público. Até sexta-feira
os servidores não sabiam se iam receber, quanto iam receber, e não sabem quando
vão receber o resto do seu salário.
Eu não acho, Delegado Cleiton, um marajá um
delegado que inicia a sua carreira; eu não acho um inspetor que começa a sua
carreira um marajá; eu não acho uma professora que trabalha 40 ou até 60 horas
uma marajá. Porque nenhum desses recebeu tudo o que trabalhou no mês anterior
do Estado do Rio Grande do Sul. O Governo do Sr. Sartori, o Governo do PMDB
roubou o dinheiro dos gaúchos este mês. E o pior: é um covarde! Governador
covarde é o pior que há, porque já houve outros de quem nós divergíamos, mas
davam a cara. Fale-se o que quiser da governadora Yeda, mas ela estava sempre
dando a sua cara no debate político. E todos os outros governadores. Mas esse
não! Esse é um covarde que se esconde na imprensa, que não aparece, que não diz
a que veio e não dá satisfação para o povo gaúcho. Uma vergonha na história do
nosso Rio Grande, que sempre teve líderes firmes que nunca fugiram da verdade.
Este governador, infelizmente, se acovarda na hora que este Estado mais
precisava de um líder.
E é por isso que o problema que hoje vivemos... Eu
fico imaginando se fosse no Governo do Partido dos Trabalhadores Aliás, nós
temos muito orgulho, sim, dos quatro anos do Olívio, dos quatro anos do Tarso;
nos doze anos em Porto Alegre, nunca atrasamos um mês o salário dos servidores.
Nós temos muito orgulho dessa relação de respeito, porque, para nós, o servidor
público é um servidor que serve a todo povo, e atingindo um servidor nós não
atingimos apenas as suas famílias, nós atingimos o conjunto da sociedade.
Hoje o Rio Grande do Sul não sabe o seu dia de
amanhã, porque esse governador, na verdade, está fazendo mais uma vez a
estratégia de criar o pavor para poder apresentar um projeto de lei de
privatização do Banrisul e da Corsan – nada mais é do que isso. Aliás, é
importante que a população saiba que não se trata apenas de Sartori. Sartori é
apenas um nome, porque trás dele está um projeto que já governou o Rio Grande,
sim, com o Britto, que é verdadeiramente quem duplicou a dívida do Estado, quem
vendeu tudo o que podia do Rio Grande e nos legou essa situação. Mas não é só
Britto: os servidores mais antigos se lembram do que foi Simon, que sempre
desrespeitou os servidores públicos, aliás, o Sr. Sartori era o seu líder do
Governo. Isso é uma tradição do PMDB e é importante que todos saibam dessa
concepção do PMBD, porque são eles que vão se apresentar para governar a Cidade
no ano que vem, com o Sr. Sebastião Melo, e nós queremos debater projeto,
respeito com o servidor público. Tem uns que vêm aqui falar mal do Governo
Federal e depois vão lá nos eventos tirar foto com o Padilha.
Nós queremos falar, realmente, de forma muito
franca sobre esse projeto que enganou o Rio Grande! Nós temos muito orgulho,
com o PTB, com o PCdoB, de ter governado este Estado quatro anos em crise
profunda, mas sempre com o Governador Tarso; com coragem, nunca com discurso
derrotista, jamais se acovardando como o Governador e o PMDB estão fazendo.
Tristemente, o pior capítulo da história do nosso Rio Grande. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder,
pela oposição.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu já vim a esta tribuna como Líder do PCdoB e li a nota do meu
partido, no início desta Sessão, sobre a crise do Rio Grande do Sul. Agora eu
venho em tempo de Liderança, pela oposição, e já conversei com meus colegas.
Porque há outros elementos, a partir das discussões feitas nesta Casa, em
relação ao que nós estamos vivenciando no Rio Grande do Sul.
Na realidade, nós estamos vivenciando o começo de
um processo de derrocada do Estado do Rio Grande do Sul, e, desde o início, o
Governo Sartori – aqui eu repito o que já tinha dito antes – não tem projeto
para o Estado do Rio Grande do Sul, se elegeu sem um projeto para o Estado do
Rio Grande do Sul...
(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
A SRA. JUSSARA CONY: O povo gaúcho nos
colocou na oposição. O povo gaúcho decidiu, e eu respeito muito a
decisão democrática de um povo. Isso não significa que não deva alertar e não
deva lembrar, mesmo, porque, na realidade, tem que se fazer justiça. O povo
gaúcho não foi enganado. O Governador disse que não sabia o que fazer, e ele
está cumprindo a sua proposta. Ele disse que não sabia o que fazer. Alguém não
se lembra da campanha? Ele está cumprindo exatamente o que disse. Ele não sabe
o que fazer. E se elegeu. Coisas da democracia. E eu sou muito franca: eu prefiro
a democracia e o debate franco, honesto, político, a atuar numa seara em que
não há política, não há projeto. E é isso que está acontecendo com o Estado do
Rio Grande do Sul.
Apelam exatamente para aquilo que é pior, que vai
levar este Estado a uma crise sem precedentes, porque não é fazendo terrorismo
com os servidores, aumentando impostos e privatizando setores estratégicos para
o nosso desenvolvimento que ele vai resolver a crise que ele mesmo está
causando ao Estado do Rio Grande do Sul, por não ter projeto.
Ver. Cecchim, V. Exa. sabe que a gente discute num
alto nível. Às vezes o senhor sai um pouquinho quando ataca... Eu estou falando
como Líder de oposição; eu respeito muito, porque nós somos três partidos: dois
partidos que dão sustentação ao projeto nacional e um que é oposição, e eu
respeito. Portanto, há certas questões que eu vou lhe responder no meu tempo de
Liderança; pode ser depois de amanhã, mas, agora, eu quero lhe dizer que é a
decisão do terrorismo e contra os trabalhadores versus o aumento dos salários
dos Deputados, do Governador, dos Secretários de Estado, do Judiciário e dos
CCs. Então, esse é o projeto do Governador Sartori. E aí, Ver. Cecchim, V. Exa.
diz aqui nesta tribuna que R$ 2 mil é um grande salário para os professores –
V. Exa. diz isso. Como se os servidores fossem os marajás. Não é possível, na
nossa concepção, aumentar os grandes salários e dizer, como membro de um
partido que está no governo, que R$ 2 mil é um grande salário para um servidor
público. V. Exa. disse aqui. E há também parlamentares e governos que dizem que
o servidor público é vagabundo. Eu já ouvi isso aqui. Já ouvi isso aqui! Não é
possível, por exemplo, Ver. Idenir Cecchim, dialogando, na política, com V.
Exa., o PMDB não defender o projeto do nosso Deputado Juliano Roso, na
Assembleia Legislativa, do fim da aposentadoria para os Governadores. É
dinheiro que nós teríamos para pagar os servidores. Então, essa austeridade
contra os servidores, isso tende a piorar. Porque o problema, Vereadores, é político,
é falta de projeto, é não investimento, é não projeto de desenvolvimento.
Elegeu-se sem um projeto. O partido dele era o Rio Grande, agora não é o Rio
Grande; ele está contra o Rio Grande, ele está contra os servidores, ele está
contra a população do Rio Grande do Sul. A política do Governador Sartori é a
política do Tumelero: para os professores era o piso, contra a violência,
agora...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. JUSSARA CONY: ...Acho que todo Rio
Grande se lembra, os professores... “Ah, quer piso? Vai no Tumelero!” E dando
risada. Uma risada de deboche frente à população, frente a políticas públicas;
servidor público é estratégico – municipal, estadual e federal – para a
implantação de políticas públicas. Agora, sob o ponto de vista da questão da
violência, talvez mande a população do Rio Grande do Sul ir ao Tumelero comprar
um cadeado e se fechar dentro das suas casas para o enfrentamento da violência.
Na realidade, não tem
projeto. A tendência do Rio Grande do Sul é piorar, senhores. É piorar. Eu acho
que nós temos que ter a capacidade, como oposição, de enfrentar o processo que
estamos vivenciando no Rio Grande do Sul de retrocesso. É a volta do projeto
neoliberal na sua essência, e mais aprofundado, de privatizar setores
estratégicos e penalizar os trabalhadores.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin
Krieger está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. KEVIN KRIEGER: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje, cheguei nesta Casa, Ver. Reginaldo
Pujol, alguns Vereadores da nossa base e alguns Vereadores da oposição também
me comentaram sobre uma reportagem que saiu, Ver.ª Fernanda Melchionna, no
jornal Zero Hora sobre o sistema de acolhimento – o Ver. Tarciso Flecha Negra
inclusive está com uma das reportagens, e a gente teve, nas redes sociais, principalmente
dos educadores, dos trabalhadores, dos abrigos, tanto da Fundação de Proteção
Especial, quanto da Fundação de Assistência Social e Cidadania, uma reportagem
muito dura, que, na minha opinião, denuncia problemas – sem dúvida nenhuma, nós
temos problemas nos abrigos, tanto do Estado, quanto do Município –, mas que,
em nenhum momento, mostrou o trabalho sério dos educadores, dos técnicos, da
gestão, que acontece lá dentro; não só desta gestão, administrada pelo Partido
Progressista, como de tantas outras que construíram a assistência social na
cidade de Porto Alegre. Dizer que nada melhorou, que nada mudou, é não conhecer
o sistema que havia e que há hoje. Nós tínhamos abrigos com mais de cem
crianças; temos, hoje, uma rede de setenta abrigos, e, só no Município, uma
rede de cento e poucos abrigos, entre abrigos não governamentais, com recursos
municipais, abrigos estaduais e abrigos municipais. Essa mesma reportagem
levantou problemas; todos os Vereadores, Ver. Nereu, vieram conversar comigo
para que a gente pudesse tomar frente dessa situação. Nós tivemos a ideia de
fazer um requerimento para instalar uma Comissão Especial para debater esse
assunto. Então, eu já estou protocolando-a, Ver. Tarciso, para que nós possamos
ter aqui uma Comissão Especial para tratar destes assuntos: dos convênios que a
Fundação tem com as entidades não governamentais; dos abrigos próprios da
Fundação de Assistência Social e Cidadania; dos abrigos da Fundação de Proteção
Especial; do problema que hoje se tem no sistema judiciário, uma vez que
crianças e adolescentes não estavam no sistema de adoção. O problema não é só
no Município, não é só no Estado, também é no Ministério Público e no
judiciário. E essa discussão nos serve. Porque uma das principais críticas que
nós tivemos aqui foi em relação às casas especiais Abrigo João de Barro e
Abrigo Quero-Quero, Ver. Nereu. Nesses dois abrigos, nós temos, hoje,
adolescentes que cometeram atos infracionais. Essa discussão me serve. Eu
acredito que não é a assistência social do Município que tem que trabalhar com
adolescente que cometeram atos infracionais; é o Estado e a Fundação de
Proteção Especial; é a Fundação de
Atendimento Sócio-Educativo – FASE, mas essa discussão tem que ser feita. E é
uma discussão que não pode ser politizada; é uma discussão que tem que ser
técnica, e o Governo vem propor essa discussão através de um requerimento para
instalação de comissão especial para tratar desse tema, que é sério. Nós
reconhecemos, sim, que temos problemas, Pujol, mas nós reconhecemos também que
há muitos avanços nessas áreas, e o jornal Zero Hora não foi capaz de noticiar
quantos milhares de crianças já se tornaram adultos e hoje têm família graças
ao acolhimento institucional que o Município e o Estado prestaram para essas
crianças e adolescentes que, muitas vezes, Professor Garcia, entraram com um
mês de idade e que hoje já têm família constituída. É muito fácil mostrar os
problemas que também eu quero salientar aqui: se hoje essas denúncias estão no
Ministério Público é porque a nossa rede encaminhou essas denúncias...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. KEVIN KRIEGER: ...Se hoje essas denúncias estão no Ministério
Público, de violação de direitos, é porque a rede municipal e a rede estadual,
quando souberam de alguma coisa, abriram suas sindicâncias, e as sindicâncias
foram encaminhadas ao Ministério Público. Isso é transparência, mas acredito,
sim, que nós temos que fazer essa discussão. O Governo está aberto para isso e,
por isso, está criando essa comissão especial.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 17h23min): Havendo
quórum, passamos à
ORDEM DO
DIA
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro o
adiamento da votação do Requerimento nº 064/15 por uma Sessão e que seja votado em primeiro
lugar na próxima Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
KEVIN KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro o adiamento
da discussão do PLE nº 005/15 por três Sessões.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin
Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O
SR. IDENIR CECCHIM: Faço um registro: o Dr. Djedah Lisboa está aqui
conversando com os Vereadores e se colocando à disposição porque ele é o novo
chefe de gabinete da Secretaria da Saúde do Município. Quero cumprimentá-lo por
esse gesto.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Está feito o registro, Vereador.
O SR.
PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, após os dois primeiros, imediatamente,
passar à discussão e votação do PLL nº 285/14 e PLL nº 286/14; Após
retornaremos à ordem normal.
O SR. DELEGADO
CLEITON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLL nº
360/13 da priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Delegado Cleiton. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 094/15 – (Proc. nº 1738/15 – Mesa Diretora) – requer seja o
período de Comunicações do dia 10 de agosto destinado a assinalar o transcurso
dos 80 anos da Rádio Farroupilha.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento nº 094/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1331/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 128/14,
de autoria do Ver. Waldir Canal, que inclui a efeméride Dia do Obreiro
Evangélico no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e
alterações posteriores, no terceiro domingo de agosto.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Any Ortiz: pela aprovação do Projeto;
- da
CEDECONDH. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 01-07-15.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 128/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Professor Garcia. (Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Boa tarde a todos. Eu nem vou usar os
cinco minutos aqui, porque é um tema batido já há muitas semanas, inclusive,
antes do recesso, um grupo de associados do Sport Club Internacional pediu que
a Câmara respeitasse ou levasse em consideração um processo interno que está em
pleno desenvolvimento. Tanto que um grupo de conselheiros, usando o Estatuto do
Sport Club Internacional, pediu uma reunião extraordinária do seu conselho em
que um dos temas justamente é a exposição de grupo de conselheiros sobre
consulta plebiscitária em relação ao nome das ruas do entorno do complexo
Beira-Rio e esclarecimentos da Diretoria sobre o tema. Ou seja, isso está na
pauta de uma reunião extraordinária convocada para o dia 10 de agosto, na
semana que vem, quando se tratará do tema. Nós conseguimos segurar duas ou três
vezes essa votação, e o Ver. Professor Garcia sempre refaz esse pedido, o que
atropela o próprio processo interno que o Sport Club Internacional está pedindo
para a Câmara Municipal aguardar. E quero lembrar que não há prejuízo, não há
ninguém reivindicando, não há pressa, não há motivo que justifique a
denominação dessas ruas agora. Podemos esperar um pouco mais. Se for daqui um,
dois meses ou até o final do ano... Não há motivo para alegar pressa, urgência
à denominação dessas duas ruas no entorno do Estádio Beira-Rio.
Mais uma vez, faço o
pedido para que votemos contrários ao Requerimento do Ver. Garcia e esperemos o
tempo que o grupo de conselheiros nos pede para fazer a sua consulta. Isso será
debatido na reunião do conselho no próximo dia 10, o edital nos foi entregue no
início da tarde. Que continue a mesma sensibilidade do início do recesso, que
votemos contra o Requerimento do Ver. Professor Garcia. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio
Trogildo está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Professor Garcia.
O SR. CASSIO TROGILDO: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Sras. Vereadores, o Ver. Mauro Pinheiro, além de Presidente da
Casa, é conselheiro do Sport Club Internacional, assim como é o Ver. Márcio
Bins Ely, o Ver. Nereu D’Avila e este Vereador que lhes fala. Eu quero dizer
que,
desde o início da discussão desse processo, como Líder Partidário do PTB,
acompanhei, desde a época em que o Ver. Dr. Thiago Duarte era o Presidente da
Câmara Municipal, e o compromisso que a Câmara sempre teve foi o de fazer o
encaminhamento dos projetos pela Mesa Diretora dos nomes que o Sport Club
Internacional encaminhasse a esta Casa. E foi assim que foi feito. Na época, o
Presidente Giovanni Luigi fez um encaminhamento que foi acatado, e, depois, com
advento da morte do ídolo colorado, Fernandão, foi substituído um dos nomes
pelo do Fernandão. Acredito que já esperamos bastante. Nós estamos tratando do
nome de duas ruas por dois anos e meio! Foi pedido, por um movimento novo, lá
no Internacional, que recém está se constituindo, que, se entrar no blog, não diz nem quem são as pessoas,
vieram aqui e se apresentaram, mas representam 20 conselheiros de 350 que tem o
Club.
Então, com toda a sinceridade, já está tramitando
nesta Casa dois projetos de lei de autoria da Mesa Diretora, há dois anos e
meio, que está nominando duas pessoas ilustres da história do glorioso Sport
Club Internacional. O que nós vamos fazer se, de repente, lá no conselho do
Inter, chegarem à conclusão de que não vai mais ser o nome de um deles? Como
fica para a imagem dessa pessoa, que não pediu para ter o seu nome incluído?
Para a família que esteve aqui do Nestor Ludwig? Parece-me que, em relação ao
Fernandão, é consenso. E, se estivéssemos tratando aqui, estaríamos tratando da
família do Nestor Ludwig, que sinceramente não conheci, mas que é um ilustre
colorado, vendo a sua história. O que vamos fazer? Vamos dizer: “Não, não é
mais agora o nome da rua”? Nome que a família não pediu para ser! Peguem um
ilustre colorado! Então, se tem algum encaminhamento que foi malfeito, talvez
tenha sido, lá no início, de a Câmara se comprometer a encaminhar aquilo que o
Inter mandou. E veio aqui o Presidente do Sport Club Internacional, que seria o
único que poderia pedir alteração porque nós acatamos, o Presidente Giovanni
Luigi; o Presidente Vitório Piffero esteve aqui, e o que ele disse? “Nós
mantemos aquilo que o Presidente Giovanni encaminhou”.
Então, por favor, eu entendo que esse assunto está
mais do que bem encaminhado, está mais do que bem discutido. E não venham com
história de que não é para deixar o Internacional ou a torcida do Internacional discutindo – não é para isso, não! É muito intempestiva essa
proposição, Ver. Nedel, de quem vem aqui, agora – e já eram conselheiros,
inclusive participavam da administração, do Presidente Giovanni Luigi, e vêm
para cá, agora, querer alterar, na última hora, depois que estamos com acúmulo
de discussão. Aliás, não devia, Ver. Nedel – o senhor que é especialista na
matéria –, nem ser tratado aqui no plenário; deveria ter sido feito lá nas
Comissões, e só não foi feito porque, inteligentemente, o Ver. Bosco, para
agilizar a matéria que estava parada nas Comissões, pediu o artigo 81, e
estamos aqui em condições de tratar.
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exa. permite um
aparte?
O SR. CASSIO TROGILDO: Desculpe, Vereador,
como estou encaminhando, não posso conceder aparte. Acho que está na hora,
colorados e gremistas, Vereadores, esta prerrogativa é desta Casa. Nós já
abrimos mão de parte da prerrogativa quando consultamos o Sport Club
Internacional a partir da sua Diretoria Executiva, que é quem dirige o Clube.
Acho que temos que votar.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria
do Ver. Professor Garcia.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, escutei, Ver. Cassio, lá do gabinete, a fala de V. Exa. com
veemência, e acho que o senhor tem razão, até porque eu não vou me pautar por
conselheiros que estão descontentes. Eu ouvi o ex-presidente e o atual
presidente, concordo com V. Exa.; ouvi os dois. Sou gremista, estou de gravata
vermelha, mas acho que temos que votar mesmo. Vamos votar, senão vou me dar o
direito de querer discutir: para mim, quem merecia o nome de rua lá perto do
Beira-Rio é o engenheiro Ruy Tedesco, que foi quem construiu o Beira-Rio. Eu
tenho uma opinião diferente, mas respeitei e respeito a proposição do
ex-presidente e a confirmação do atual presidente; então, vamos votar esta
matéria que está na hora, e não vou mais me pautar por ninguém. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Presidente
Mauro Pinheiro; Vereadoras e Vereadores, queria, em primeiro lugar, registrar a
presença do Seu Cleusi, Presidente da Associação dos Moradores do bairro Rubem
Berta, que está aqui conosco, juntamente com as integrantes da associação, a
Jaqueline e a Estela.
Gostaria de dizer,
muito rapidamente, que vocês sabem a nossa opinião em relação a este tema, que
é uma decisão, obviamente, interna dos torcedores, neste caso, conselheiros do
Sport Club Internacional. É verdade que, antes do final do semestre passado,
tentou-se aprovar os nomes das ruas, mesmo tendo um requerimento de um setor
dos conselheiros pedindo uma reunião interna. Como eu disse, desta tribuna, ao
Ver. Dr. Thiago, ao Ver. Professor Garcia, que foram Vereadores que
encaminharam o pleito da direção do Internacional, a Câmara não tinha errado em
relação a nada disso, mas depois veio um pleito legítimo de um setor do clube
que tem o direito de decidir, de escolher uma homenagem, pois tem que ser um
grande momento para a cidade de Porto Alegre, sobretudo para a torcida
colorada. Então eu nem me senti à vontade nesta tribuna de falar na condição de
torcedor ou não torcedor, porque eu acho que é uma decisão que deve ser feita
internamente. Os conselheiros coletaram as 27 assinaturas, e tem uma reunião,
Ver. Pablo, Ver. João Bosco, do semestre passado, onde se comprometeram em não
votar os projetos de lei a partir do requerimento dos conselheiros. E tem uma
reunião marcada para o dia 10 de agosto, segunda-feira que vem. Não tem nenhum
sentido, por sete dias, suprimir os espaços internos de deliberação do Sport
Club Internacional. Não tem sentido isso.
Então eu quero
encaminhar contra o requerimento, porque acho que é uma questão de
sensibilidade dos Vereadores e Vereadoras. Existe um setor, dos conselheiros,
que quer discutir. Protocolaram um requerimento, Presidente Mauro Pinheiro,
Ver. Marcelo Sgarbossa, conforme o regimento do Sport Club Internacional. A
reunião está marcada para o dia 10 de agosto. Bom, se esperaram dois anos e
meio, qual é o problema de esperarem uma semana para que venha uma ata dessa
reunião dizendo o que foi votado pelos conselheiros eleitos pelos sócios do
Sport Club Internacional? Para que a gente faça da votação, uma votação que
respalde, que respeite aquilo que foi discutido internamente, num momento que
nem deveria ser de polêmica, deveria ser de homenagem na cidade de Porto
Alegre, homenagem à nação colorada, homenagem à torcida colorada, homenagem à
torcida colorada, homenagem aos nossos ídolos, homenagem a essa história. Então
eu faço esse requerimento, pedindo sensatez aos Vereadores, para que possamos
deixar marcado, a partir de hoje, Presidente Mauro Pinheiro, em 1ª Sessão, no
dia 10 de agosto, para que seja o primeiro projeto em Pauta. Eu assino aqui no
Requerimento com todos os Partidos, quero fazer uma proposta de consenso, para
que seja o primeiro projeto a ser votado depois dessa reunião do dia 10 de
agosto. Agora não tem sentido nenhum, Ver. Tarciso, a Câmara suprimir quando
está publicado pelo Sport Club, pelo conselho deliberativo o edital de
convocação, não tem nenhum sentido político a Câmara votar, nenhum! Zero! Está
marcado! Foi publicado, deve ter sido publicado nos jornais o edital de
convocação para essa reunião interna para discutir exatamente isso. Por que a
Câmara votaria antes, se não seria suprimir um dos poucos espaços que os
conselheiros têm a partir do seu conselho deliberativo para discutir os temas
do Sport Club Internacional? Então, eu faço esse Requerimento contrário à
priorização e à inversão, Ver. Professor Garcia, do trabalho na tarde de hoje. Voto
contrariamente à sua proposição, eu e o Ver. Alex Fraga.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria
do Ver. Professor Garcia.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente,
colegas Vereadores, tenho falado muito, e até tive o prazer, como Presidente
licenciado da Força Sindical – o Presidente em exercício, Marcelo Furtado,
encontra-se nas galerias e escreveu um artigo no jornal Zero Hora dizendo que o
Rio Grande do Sul tem saída. E uma delas seria pararmos com esse fator Gre-Nal.
E nós trouxemos esse fator Gre-Nal aqui para dentro da Câmara, mas não é o
fator Gre-Nal do Grêmio e do Inter, é lá de dentro do Internacional, uma
disputa interna. Eu não sou colorado, eu torço para o Cerâmica, lá de Gravataí,
Ver. Tarciso; torço para o São José, ali da Zona Norte; para o Cruzeiro, ali do
Morro Santana, onde moro. Aqui nesta Casa pediram, e o Ver. João Bosco pediu para
mim e para vários Vereadores, e ele deu a sua palavra, para que nós não
votássemos antes do recesso, votássemos somente depois do recesso. Vários
conselheiros do Internacional estiveram aqui, onde tivemos algumas reuniões, e
nós votaríamos esse projeto após o recesso. O Ver. Professor Garcia algumas
vezes encaminhou no microfone de aparte a votação, e eu, duas vezes encaminhei
para que não votássemos. Mas terminou o recesso. Uma coisa que me chama a
atenção é que querem mudar o nome de uma rua. E eu conheci um jovem senhor, que
é filho do Nestor Ludwig. Eu não conheci nenhum Nestor Ludwig, mas conheci esse
jovem senhor que não pediu para colocarem o nome de seu pai em uma rua, como
homenagem. Ele não pediu isso, a família não pediu isso. E colocaram o nome do
pai dele como nome da rua.
Com certeza, como Vereador desta Cidade, eu não
penso em fazer essa desfeita, não penso em fazer isso a uma família. Se
comunicaram à família que iam fazer uma homenagem a uma pessoa, comunicaram a
esse filho que iriam fazer a homenagem ao seu pai, comunicaram aos netos que
iriam fazer uma homenagem ao seu avô, a essa senhora que iriam fazer uma
homenagem ao seu companheiro de uma longa jornada, eu acho que não cabe a
nós... Tanto a população diz, quando a gente sai para pedir votos, que nós só
sabemos botar nome de rua, a gente sabe que não é verdade. A gente discute
nesta Casa saúde, mobilidade urbana, uma série de coisas. Quando a gente vai às
comunidades vê que as pessoas estão cansadas de ter, como endereço, uma letra
ou um número; ter um nome de rua, um endereço postal, ter dignidade para abrir
uma conta é importante. Eu acho que é importante, para a segunda maior torcida
do Rio Grande do Sul, uma parte do povo do Rio Grande do Sul ter um endereço,
ter um nome para o seu dirigente e para o seu maior ídolo... Então eu acho que
os tempos foram dados, os prazos foram dados, e a Casa do Povo não pode entrar
nessa disputa política, a Casa do Povo não pode entrar nesse clima Gre-Nal de
maragatos e chimangos. Nós já tivemos muito tempo para pensar, e eu acho que
não vai ser uma reunião de conselho, uma reunião de diretoria... Desde que eu
cheguei aqui na Casa – o Presidente era o Ver. Dr. Thiago Duarte, depois o
Presidente foi o Ver. Professor Garcia – eu participo das reuniões de Líder, e
nós estamos discutindo as ruas do entorno no Beira-Rio e é consenso que a
diretoria do Inter, tanto a que estava quanto a atual, iria encaminhar o nome
das ruas para a Câmara de Vereadores, e nós iríamos somente homologar o nome
dessas ruas, nem iria passar para o plenário. Hoje nós estamos com o assunto em
plenário, então eu acho que nós estamos aptos a votar o nome dessas ruas e
acabar com essa milonga de uma vez por todas. Nós temos outras coisas para o
bem da população de Porto Alegre para votar aqui nesta Casa no dia de hoje. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria
do Ver. Professor Garcia.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Mauro Pinheiro;
Vereadoras e Vereadores, quero saudar o Sr. Nilo Pires, que está aqui, veio nos
visitar. Seja muito bem-vindo, Sr. Nilo Pires.
Vejam, senhoras e
senhores, o que pode acontecer: uma polêmica desnecessária. Nós temos um
acordo, desde a gestão do Ver. Dr. Thiago, que recebeu a Diretoria do
Internacional, que recebeu as cartas do Presidente Giovanni Luigi, tudo
certinho. Depois, quando faleceu o Fernandão, houve uma série de solicitações,
inclusive projetos de lei encaminhados. O Presidente, Ver. Professor Garcia, já
então na outra gestão, encaminhou a retirada, a concordância dos Srs.
Vereadores, com toda a gentileza. Então, a nova presidência do Internacional,
Sr. Piffero, em e-mail que está nos
autos ratificou aquilo que o Presidente anterior Giovanni Luigi tinha solicitado.
Inclusive, o Presidente Piffero não é da mesma equipe do Presidente anterior,
mas, num gesto democrático, elegante, confirmou exatamente o que o Presidente
anterior havia dito.
Os projetos estão aqui, todos bem instruídos, com
as cartas, com a cópia do e-mail, com
as assinaturas dos Srs. Vereadores. E, agora, um grupo de Conselheiros, que
quer fazer política esportiva lá dentro do clube, solicitou ao Conselho
Deliberativo uma reunião para – olhem só: item 1 – exposição dos requerentes
Conselheiros sobre o requerimento em relação a assunto relativo à
vice-presidência jurídica e debates sobre o tema; item 2 – exposição do grupo
de Conselheiros sobre consulta plebiscitária com relação a nomes de ruas no
entorno do complexo Beira-Rio; esclarecimentos da Diretoria sobre o tema.
Consulta plebiscitária, ou seja, não tem nada
definido. Não é a reunião do dia 10 que vai definir. Vão definir se vai haver
consulta plebiscitária, para ganhar espaço político junto à torcida do
Internacional. Então, estou de acordo com o Ver. Professor Garcia, com o Ver.
Clàudio Janta, com o Ver. Cecchim, que aqui veio e falou claramente. Vamos
votar de uma vez!
Estamos há dois anos e meio enrolando este assunto.
É uma vergonha para a Cidade. Nós temos que ter posição, e as assinaturas dos
Srs. Vereadores estão aqui, claramente (Mostra documento.), tudo perfeitamente
definido. Vamos ratificar e cumprir a assinatura dos Srs. Vereadores e
Vereadoras votando hoje o nome dessas duas ruas do entorno do estádio do
Internacional. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia.
O SR. DR.
THIAGO: Caros colegas Vereadores e Vereadoras, venho a esta tribuna para trazer
uma pouco da história desse processo que começou para nós lá em 2013, quando
nós convencionamos, na Câmara Municipal de Porto Alegre, aquela Mesa Diretora
com o aceite do colegiado de Lideres, que iríamos encaminhar internamente
aquilo que o Internacional acabou referendando. Quero dizer, com muita
tranquilidade, que nós tínhamos consensuado inclusive um outro nome para a rua,
antes do passamento, da morte do Fernandão, seria Rua Estádio dos Eucaliptos,
fazendo uma homenagem ao antigo estádio do Internacional. Nós encaminhamos
essas questões e tivemos aqui a sensibilidade de modificar, ao longo do
processo, essa ideia inicial por um apelo, um clamor popular. Agora, no que se
refere ao Nestor Ludwig, a quem não conheci, mas que a sua história está
gravada no Internacional, nos momentos mais difíceis, quando ninguém queria se
dirigente do Internacional, lá estava ele, era chamado Nestor Ludwig para
prestar a sua contribuição. Foi muito importante no Asilo Padre Cacique também.
Como foi dito aqui pelo Ver. Janta, pelo Ver. Cassio Trogildo, a família não
pediu essa homenagem. O próprio Nestor Ludwig não pediu essa homenagem, mas sem
dúvida nenhuma é uma falta de cortesia, é uma atitude não clara, não cortês, é
uma atitude que fere profundamente a família na medida em que a gente referenda
um nome, tramita na Casa todo um projeto levando o nome dessa pessoa a um
logradouro público municipal e depois simplesmente se nega, se diz que não vai
ser esse nome. Então acho que nós, algum outro ídolo colorado, que deva ser,
que queira se homenagear, Ver. Tarciso, tu que foste um ídolo do Grêmio, o Ver.
Dinho também é um ídolo do Grêmio, ou qualquer outro ídolo colorado. Que se
ache uma outra forma de homenagear, que se ache uma praça, que se ache uma
outra rua. Enfim, algum movimento colorado ou algum grupo de colorados quer
homenagear uma outra pessoa, então que se faça isso, mas que se faça de uma
outra forma; senão, vamos estar desprestigiando uma família, os seus
descendentes, que sofrem com isso. Nós, Vereadores, temos que ter empatia e nos
colocarmos no lugar dessas famílias. Então, eu acho que é profundamente
importante, Ver. Marcelo, consultarmos as comunidades quando se vai dar nomes
às ruas; mas quando elas já estão colocadas é uma situação muito delicada
modificar o nome. Eu tenho passado por uma situação dessas. A comunidade não
quer um determinado nome de logradouro, mas já foi modificado por um outro
colega. E tem sido uma situação muito delicada, porque é uma pessoa
profundamente merecedora dessa honraria que foi colocada por algum colega, na
boa intenção, no bom sentido, mas também a comunidade daquela região não deseja
aquele nome. Então, é uma situação muito delicada.
Aqui nós não temos isso, aqui nós temos uma
situação colocada de um processo que tramitou, que teve anuência desde o
início, e agora, chegada a votação, querer modificar isso eu penso que não é
justo com a família, acho que não é justo com esta Casa, acho que não é justo
com as duas presidências e com as duas Mesas
– 2013 e 2014 – que deram anuência e levaram esses projetos adiante. O meu voto
é em conjunto com o Ver. Professor Garcia no sentido de votarmos hoje esses
dois nomes, já convalidados pela Mesa Diretora e Colégio de Líderes de 2013 e
pela Mesa Diretora e Colégio de Líderes de 2014.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia, pela
oposição.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Eu quero aproveitar aqui a linha do Ver. Dr. Thiago e um comentário que
eu ouvi, dizendo que, se nós fossemos contar todas as horas, desde antes do
recesso, e mais agora, estamos discutindo só a inversão da ordem de votação de
um projeto de lei que coloca nome de rua. Claro que há uma especificidade,
estamos tratando de ruas em torno de um estádio, há um grande apelo popular,
não só dos torcedores, mas o fato é que estamos aqui tratando de nome de rua.
Estou usando o espaço da oposição e quero dizer que essa é uma discussão mais
profunda que o Parlamento tem que fazer, qual seja, se é ou não competência do
Parlamento Municipal discutir nomes de ruas, como estamos fazendo aqui. Eu digo
isso porque tramita na Casa um projeto de nossa autoria que justamente retira a
competência dos Vereadores de colocar nomes em ruas, transferindo essa
competência diretamente à população. Talvez, há algumas décadas, o Vereador era
o intermediário nessa situação, mas, hoje, não é mais; hoje, as pessoas podem
diretamente se manifestar, por redes sociais, por abaixo assinado. Já há
conhecimento suficiente na sociedade para fazer uma consulta numa rua
específica. Assim como o Dr. Thiago colocou aqui – não sei se ele estava se
referindo à rua que eu vou falar –, eu também tenho uma situação, no bairro
Guarujá, em que foi colocado nome numa rua, que tem um morador apenas, é um
beco, a contragosto desse morador. Inclusive, o único morador desse beco veio
aqui pedir para o Vereador desistir de colocar o nome, mas ele, usando da sua
prerrogativa, colocou o nome na rua.
Eu quero discordar, aqui, um pouco do Ver. Janta. O Ver. Janta disse que nós tínhamos combinado para votar depois do recesso. É verdade. Se esse grupo de conselheiros... Vejam, atingiu o mínimo regimental para a convocação da reunião do Conselho. Se eu não me engano, são 30 conselheiros, ou seja, nesse período de recesso, houve uma movimentação. As pessoas que vieram aqui para pedir apenas... Vejam, é meritório o argumento que o Ver. Dr. Thiago traz sobre a família do Nestor Ludwig, mas nós não estamos aqui discutindo se merece ou não. Diz ele mesmo que a família não pediu, mas, se a família criou uma expectativa em relação a essa homenagem, não é esse o tema. Talvez, nessa consulta que se fará, fique esse nome, talvez fique essa justa homenagem. Não estamos tratando do mérito, estamos tratando da forma, e a forma no mérito é o pedido de mais um espaço democrático, um processo em que as pessoas possam participar, e no nosso entendimento, isso já é meritório por si, porque isso gera um engajamento, um pertencimento com a Cidade. Fico imaginando se conseguirmos não votar agora, aguardarmos essa consulta, mesmo que fiquem aqui os nomes sugeridos, as pessoas e os associados, ou talvez a Cidade toda possa participar desse plebiscito, as pessoas vão passar por esse lugar dizendo: “Eu participei. Meu voto foi vencido, mas eu participei desse processo e hoje eu passo numa rua em que eu tive uma participação”. Ou seja, é uma relação de pertencimento, as pessoas participarem da gestão, e não terceirizarem ou privatizarem as relações e os serviços públicos da Cidade. Mais uma vez, digo que nossa posição, enquanto Vereadores de oposição, se mantém inalterada no sentido de que não há... Vejam, quero fazer novamente o desafio: pode-se justificar que tramita há muito tempo, já passou por presidências, mas o fato é que ninguém aqui nesta tribuna trouxe o motivo da urgência de colocar o nome nessas ruas agora. Portanto, está acima dessa questão o fato de que há um grupo de pessoas pedindo uma forma mais democrática de decidir o nome. Acho que, por um entendimento político, cabe, sim, à Câmara, aguardar esse processo que está em pleno andamento. Se ele estivesse parado, aí até acho que teria mais sentido a gente dizer que o tempo acabou, mas ele está em pleno desenvolvimento, dia 10 há uma reunião do Conselho para tratar justamente desse tema, e, talvez, alguns dias depois se chame essa consulta, se faça ela de alguma forma, então não há motivo para não aguardarmos um pouco mais. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo a Emenda nº 01, de autoria do Ver. Marcelo
Sgarbossa, ao PLL nº 002/15.
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria do Ver.
Marcelo Sgarbossa, solicitando que seja votada em destaque a Emenda nº 01 ao
PLL nº 002/15.
Apregoo o
Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 01 ao PLL nº 002/15 à apreciação das Comissões, para
Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Marcelo
Sgarbossa, o Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) 14 votos SIM, 01 voto NÃO e 01 ABSTENÇÃO. Não há quorum.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 18h08min): Encerrada a
Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1181/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 101/15, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
inclui a efeméride Dia do Voleibol no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de
2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de
Porto Alegre –, e alterações posteriores, no dia 27 de setembro.
PROC.
Nº 1484/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 138/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Madre Assunta o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 8829 – Loteamento Residencial Parque do Rincão –, localizado no Bairro
Restinga.
PROC.
Nº 1815/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 169/14, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
inclui a efeméride Dia Municipal da Mulher Negra no Anexo da Lei nº 10.904, de
31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no dia 25 de julho.
PROC.
Nº 0195/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 016/15, de autoria do Ver. João Derly, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Neory Müller.
PROC.
Nº 1223/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 108/15, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que altera o caput e inclui incs. I e
II no caput do art. 3º da Lei nº
10.531, de 10 de setembro de 2008, estendendo o prazo de proibição, em
definitivo, da circulação de Veículos de Tração Humana – VTHs – no trânsito do
Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 1496/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 027/15, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que concede o Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre à Cruz Vermelha Brasileira Filial do Estado do
Rio Grande do Sul.
PROC.
Nº 0247/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 021/15, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
estabelece que desfiles e paradas de caráter civil, militar ou folclórico, bem
como festas da cultura popular, sejam realizados no Complexo Cultural do Porto
Seco e determina que, para esse fim, sejam disponibilizadas estruturas
permanentes nesse local.
PROC.
Nº 0949/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 080/15, de autoria do Ver. Cassio Trogildo, que
estabelece multa ao estabelecimento localizado no Município de Porto Alegre que
proibir ou constranger ato de aleitamento materno em suas instalações.
PROC.
Nº 1308/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 121/15, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
determina a colocação de placas, em vias de grande circulação de pedestres e
veículos, juntamente com as placas de identificação de vias e logradouros,
informando os números de telefone de utilidade pública no Município de Porto
Alegre que especifica.
PROC.
Nº 1663/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 021/15, que cria cargos de Técnico de
Enfermagem e extingue cargos de Auxiliar de Enfermagem de provimento efetivo na
Administração Centralizada constantes da Lei nº 6309, de 28 de dezembro de
1988, e alterações posteriores, e dá outras providências.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1822/13 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGANICA Nº 003/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
inclui art. 29-A no Capítulo III “Da Administração Pública” da Lei Orgânica do
Município de Porto Alegre, definindo as regras para abertura de capital,
participações e venda das instituições que formam a Administração Indireta.
PROC.
Nº 0328/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/15, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
obriga as empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo e seletivo
do Município de Porto Alegre, públicas ou privadas, a instalar, no interior de
seus veículos de transporte de passageiros, placas educativas que instruam os
usuários sobre a forma mais segura de atravessar a via após o desembarque.
PROC.
Nº 1559/15 – PROJETO DE LEI EXECUTIVO Nº 018/15, que altera a denominação da efeméride
“Dia do Procurador e Assessor Jurídico do Município de Porto Alegre” para “Dia
do Procurador Municipal”, no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 –
Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto
Alegre –, e alterações posteriores, no dia 4 de junho.
PROC.
Nº 1560/15 – PROJETO DE LEI EXECUTIVO Nº 019/15, que autoriza o ingresso do Município de
Porto Alegre no Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal (CIGA),
para utilização do sistema de Gestão do Simples Nacional (GSN).
PROC.
Nº 1589/15 – PROJETO DE LEI EXECUTIVO Nº 020/15, que altera os limites das Subunidades 01
e 03 na Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 060 da Macrozona (MZ) 08, cria e
institui como Área Especial de Interesse Social I (AEIS I) a Subunidade 04,
cria a Subunidade 05 com o mesmo regime da Subunidade 03 existente da UEU 060
da MZ 08, define o regime urbanístico para a AEIS I criada e dá outras
providências.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para discutir
a Pauta.
O SR. DR.
THIAGO: Presidente Mauro Pinheiro; Vereadores e Vereadoras, eu quero saudar,
Ver. Kevin Krieger, a vinda do projeto para esta Casa relativo à criação das
seis dezenas de cargos de técnico de enfermagem. Eu acredito que, sem dúvida
nenhuma, só isso não resolve as questões difíceis que a saúde apresenta, mas
vai minimizar muitos problemas que nós temos identificado nas visitas
realizadas, Ver. Marcelo Sgarbossa, pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente.
Prioritariamente, nas visitas, nós temos observado que o PACS, o HPV e o HPS
talvez sejam os locais de maior necessidade, mas, sem dúvida, há que se
sensibilizar agora, Ver. Kevin, no sentido de o Executivo poder chamar todas as
63 vagas num mesmo chamamento, para que nós possamos, ao máximo, aproveitar o
concurso já existente no Município de Porto Alegre, porque, sabidamente, no ano
que vem, ano eleitoral, vamos ter muita dificuldade de realizar concurso, homologar
inscrições, homologar candidatos aprovados, então, sem dúvida nenhuma, vai ser
fundamental que se possa, no ano de 2015, chamar esses profissionais
concursados.
Eu quero apelar, Sr. Presidente, a sua diligência,
já que V. Exa. foi bastante sensível com relação a isso, assim como, no ano de
2013, nós fomos, na aprovação de 107 vagas de técnico de enfermagem. Que nós
possamos, agora, no ano de 2015, ser bastante céleres na tramitação desse
projeto, portanto, que já possamos, na próxima ou nesta semana, ter o
abreviamento desse processo. Tenho certeza que o conjunto dos 36 Vereadores
será favorável a essa criação de mais de seis dezenas de cargos de técnico de
enfermagem, Ver.ª Sofia. Presidente, alço-me na representação da Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, dos inúmeros Vereadores que trabalharam para que isso
pudesse se tornar realidade. O Ver. Clàudio Janta foi muito ativo nesse
processo, assim como outros Vereadores da própria Comissão de Saúde e Meio
Ambiente. Já lhe solicito que realmente possamos abreviar a tramitação desse
projeto para que, em curto espaço de tempo, essas vagas possam estar aprovadas.
Ver. Kevin, mais uma vez, o seu trabalho e a sua diligência no sentido de
voltar a nos ajudar, no sentido de que esses mais de seis dezenas de técnicos de
enfermagem possam ser chamados de forma única, assim como, lá no passado, nós
tivemos o chamamento de mais de 200 médicos, na primeira gestão do Prefeito
Fogaça, quando o Secretário era o Dr. Pedro Gus, foram
chamados mais de duzentos médicos de uma vez só. Muitos não quiseram, mas houve
a possibilidade de se aproveitar o máximo aquele concurso em vigor. Transmita
ao Prefeito Municipal o nosso reconhecimento pelo envio do projeto do Executivo
a esta Câmara, aos Secretários que trabalharam empenhados nisso. Que possamos
aqui qualificar esse projeto de forma rápida e diligente, que o Executivo possa
chamar esses técnicos de forma rápida e diligente também. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, público que nos assiste, sessão de Pauta é quando o projeto dos
Vereadores é protocolado na Casa e após passar pela Procuradoria. Nós tivemos
apregoado, em 1ª Sessão de Pauta, três projetos nossos: PLL nº 169/14, de
autoria do Ver. Clàudio Janta, que inclui a efeméride Dia Municipal da Mulher
Negra; PLL nº 021/15, de
autoria do Ver. Clàudio Janta, que estabelece que desfiles e paradas de caráter
civil, militar ou folclórico, bem como festas da cultura popular, sejam
realizados no Complexo Cultural do Porto Seco e determina que, para esse fim,
sejam disponibilizadas estruturas permanentes nesse local, para que nossa
Cidade tenha uma estrutura destinada à cultura, aos moldes do Sambódromo, com
um investimento maciço; o outro é o PLL nº 121/15, que
determina a colocação de placas, em vias de grande circulação de pedestres e
veículos, juntamente com as placas de identificação de vias e logradouros,
informando os números de telefone de utilidade pública no Município de Porto
Alegre, ECA, como Bombeiros, Polícia Civil, Delegacia da Mulher, telefones a
que dificilmente as pessoas têm acesso.
Outro projeto nosso, em 2ª Sessão de Pauta – depois
irá direto para as Comissões –, é o PELO nº 003/13, que inclui art. 29-A no
Capítulo III “Da Administração Pública” da Lei Orgânica do Município de Porto
Alegre, definindo as regras para abertura de capital, participações e venda das
instituições que formam a Administração Indireta. Como há no Estado, nós também
queremos para o Município.
Outro é o PLL nº 029/15, que obriga as empresas
concessionárias do serviço de transporte coletivo e seletivo do Município de
Porto Alegre, públicas ou privadas, a instalar, no interior de seus veículos de
transporte de passageiros, placas educativas que instruam os usuários sobre a
forma mais segura de atravessar a via após o desembarque.
E o Dr. Thiago já falou muito bem aqui do PLE nº
021/15, que cria cargos de Técnico de Enfermagem e extingue cargos de Auxiliar
de Enfermagem de provimento efetivo na Administração Centralizada constantes da
Lei nº 6309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores, e dá outras
providências. Cria 63 cargos de Técnico de Enfermagem no nosso Município, uma
luta grande dos aprovados no concurso nº 470, que há muito tempo pedem por
isso, pois há uma deficiência no Hospital de Pronto Socorro, Hospital
Presidente Vargas, PACS, em várias unidades do Município. Agora que o Executivo
mandou, esperamos que seja rápida a votação desse projeto dentro da Casa; vai
ajudar a saúde da população de Porto Alegre a criação desses cargos de Técnicos
de Enfermagem, vai ajudar a tratar e a salvar a vida das pessoas, o que cada
dia está mais difícil. Precisamos exigir, mais ainda, que a União, que
repassava 72% do seu orçamento para os Municípios, agora está passando 42,60%
somente; diminuiu quase 30%. O Líder do Governo, Kevin Krieger, e os Vereadores
Carlos Casartelli e Dr. Thiago, que são da área da saúde, sabem muito bem
disso: há 15 anos...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: ...o Governo Federal,
que detém mais de 62% do que é arrecadado, passava 72% para os Municípios para
custear a saúde. Porto Alegre tem a saúde plena e não pode mais sobreviver com
esse repasse que a União vem diminuindo a cada ano e a nossa Prefeitura sendo
responsável por manter hospitais, UPAs, pronto atendimentos, as US e o Programa
de Saúde da Família; temos que nos unir e fazer com que o Governo faça o maior
repasse para o nosso Município, já que tem a saúde plena absorvendo todos os
hospitais de Porto Alegre, que atendem toda a Região Metropolitana e o Estado
do Rio Grande do Sul. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Não há mais
quem queira discutir a Pauta e não havendo nada mais a tratar, estão encerrados
os trabalhos da presente Sessão.
(Encerram-se os
trabalhos às 18h20min.)
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